Discípulo do Mestre e Senhor Jesus Cristo
Minha foto
Duque de Caxias, RJ, Brazil

A Graça da Garça

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

E se Cristo não tivesse nascido?



Por Renato Vargens

Há alguns anos foi publicado um curioso cartão de Natal, com os dizeres: “Se Cristo não tivesse nascido.”
Um pastor adormeceu em seu escritório numa manhã de Natal e sonhou com um mundo para o qual Jesus nunca tinha vindo. Em seu sonho, viu-se andando pela casa: mas lá não havia presentes, nem árvore de Natal, nem guirlandas enfeitadas; e não havia Cristo para confortar, alegrar e salvar.
Andou pelas ruas, mas não havia igrejas com suas torres agudas apontando para o Céu. Voltou para casa e sentou-se na biblioteca, mas todos os livros sobre o Salvador tinham desaparecido.
Alguém bateu-lhe à porta, e um mensageiro pediu-lhe que fosse visitar sua pobre mãe à morte. Ele apressou-se a acompanhar o filho choroso; chegou àquela casa e disse: “Eu tenho aqui alguma coisa que a confortará”. Abriu a Bíblia, procurando alguma promessa bem conhecida, mas viu que ela terminava em Malaquias. E não havia evangelho, nem promessa de esperança. E ele só pode abaixar a cabeça e chorar com a enferma, em angústia e desespero.
Não muito depois, estava ao lado de seu esquife, dirigindo o ofício fúnebre, mas não havia mensagem de consolação, nem palavra de ressurreição gloriosa, nem céu aberto; mas somente “cinza a cinza e pó ao pó” e um longo e eterno adeus.
O pastor percebeu, afinal, que “ELE não tinha vindo”. E rompeu em lágrimas e amargo pranto, em seu triste sonho. De repente, acordou ao som de um acorde. E um grande brado de júbilo saiu-lhe dos lábios, ao ouvir, em sua igreja ao lado, o coro a cantar:

“Ó vinde, fiéis, triunfantes, alegres,
Sim, vinde a Belém, já movidos de amor.
Nasceu vosso Rei, o Cristo prometido!
Oh, vinde, adoremos ao nosso Senhor!”
Regozijemo-nos e alegremo-nos hoje, porque “ELE VEIO”!
Caro amigo, Cristo é o motivo da nossa festa! Cristo é o motivo da nossa alegria! Cristo é o Sentido do Natal.
Minha oração é que neste dia onde as famílias se encontram em suas ceias natalinas haja no coração de cada um palavras de louvor àquele que por amor tornou-se um de nós.
FELIZ NATAL!

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

JESUS NA CÉLULA


Foi um encontro inusitado. Jesus estava passeando pelas ruas de Brasília, passou pela rodoviária do Plano, aquela multidão, ninguém o reconheceu. Viu um jovem a passos largos, bíblia embaixo do braço, se aproximou:


- Olá rapaz! Jesus aborda o jovem que apressa ainda mais o passo.

- Olá moço. Desculpe, estou com pressa. O jovem demonstrou desgosto pela interrupção do estranho.

- Tudo bem, eu que me desculpo pela interrupção. Jesus conhecia os seus pensamentos. Você está indo a algum lugar especial?

- Estou indo para a igreja!
- Indo à igreja?

- É! Frequento a Igreja Pentecostal dos Milagres de Jesus... Pô, eu estou com pressa, o culto já começou, dá para dar licença. O jovem quase começa a correr, tentando se esquivar daquela situação desagradável com o estranho. Alguém que aborda o outro na rua, não deve ter boas intenções.

- Igreja Pente... (imagine  a cara de Jesus nesse momento). Posso ir com você?

- Ãããã... Vamos, não tem problema. Mas ai se alguém perguntar você fala que frequenta a minha célula.
Já na entrada do templo ambos são recebidos por um diácono que prontamente indica um local com cadeiras vazias.

- Quem é? Jesus pergunta apontando o diácono com a cabeça.

- É o Diácono Manoel.

- Ahhhh. Ele que cuida dos pobres e zela para que na igreja não tenha nenhum necessitado?
- Hein???? O Manoel? Ele é diácono, não a Madre Tereza. Fica quieto senão ele vem aqui. Pô, nunca veio em uma igreja não? Senta ai...

- Na verdade ir a igreja é um conceito novo para mim, sempre preferei fazer parte do Corpo. Mas e você, como anda sua vida? O que...

- Psssssiiiuuu. O jovem interrompe bruscamente a conversa. Fica quieto ai! O pastor tá pregando lá, tá vendo não?

- Mas, aqui não é a igreja? O local onde se reúnem os filhos de Deus? Onde a família do Pai celestial se junta em um só coração, compartilham suas vidas necessidades, se ajudam mutuamente?

- Cara, de que planeta você veio hein??? Aqui é igreja, tá viajando? A gente vem, escuta a palavra, dá a oferta e vai embora. O jovem acha graça daquele estranho, com idéiai totalmente novas e desconhecidas.

- Mas e quando vocês conversam?

- No fim do culto ué! Caaara, vou acabar com problemas por causa dessa conversa. 
Sou aspirante e o Manoel tá me filmando lá da porta.

- Então quando acaba o culto é que a igreja se relaciona? O culto não é o momento no qual o meu ... o Corpo de Cristo manifesta a graça do Espirito? Um tem salmo, outro ensino, outro revelação... e todos falam para edificação mútua?

- Vééééiiii. De onde você tira essas idéias malucas? 
Para você falar algo tem que ter 12 discípulos, ai se candidata a aspirante. Quando for promovido a oficial pode falar na célula. Meu, pelo menos fala que é da minha célula viu?? 
Você já me queimou mesmo com essa falação toda. Se ficar de boa eu te levo para conhecer meu líder ai você fala essas paradas com ele.

- Então, na célula vocês compartilham suas necessidades, dons e graça do Espírito?
- Não rapá, a celula é para ganhar mais pessoas para Jesus!!!!

- Ganhar... para Jesus? E depois, o que fazem com quem vocês dizem que ganharam?
- A gente põe eles para abrir novas células, lógico!

- Entendo, foi bom falar contigo. Jesus se levanta no meio da palavra e estende a mão ao jovem.

- Ué não vai assistir o culto?

- Não, obrigado, não sou muito de assistir... vou lá fora cultuar.

O jovem fica triste, pois Jesus saiu antes do apelo e ele viu que perdeu a oportunidade de levar mais um para sua célula. Após o término do culto, a caminho da rodoviária do Plano ele vê Jesus, sentado, cercado de pessoas de má indole, conversando alegremente. Não consegue se segurar:

- Owwww, você não disse que ia sair da igreja para cultuar??? O que está fazendo então cercado desses  mundanos pecadores????


Não leve essa história herética a sério. Todos nós sabemos que para Jesus o que fazemos não é novidade!

domingo, 24 de novembro de 2013

A FALSA DOUTRINA DA MALDIÇÃO HEREDITÁRIA



O alvo desse estudo será a falsa doutrina do Evangelho da Maldição, que é um dos produtos da confissão positiva Neo-Pentecostal, e que é também chamado de Quebra de Maldições, Maldições Hereditárias, Maldição de Família e Pecado de Geração.

    1. Conceitos Heréticos Sobre Maldição Hereditária

Definição de Maldição Hereditária: "A maldição é a autorização dada ao diabo por alguém que exerce autoridade sobre outrem, para causar dano à vida do amaldiçoado... A maldição é a prova mais contundente do poder que têm as palavras. Prognósticos negativos são responsáveis por desvios sensíveis no curso da vida de muitas pessoas, levando-as a viver completamente fora dos propósitos de Deus... As pragas se cumprem." Jorge Linhares, em Bênção e Maldição, Pg. 16.

Resumindo – Essa teoria antibíblica tem a maldição como uma entidade em si mesma que precisa apenas que alguém desencadeie o processo inicial, que é um pecado cometido por uma pessoa num passado remoto ou recente; depois disso, passa a agir com total independência. Não Leva em conta a responsabilidade pessoal. Diz Marilyn Hikey, em seu livro Quebre a Cadeia da Maldição Hereditária: "...mas a maldição da sua terra não foi transmitida pelo pecado pessoal deles ou mesmo dos ancestrais, mas pelos habitantes anteriores (os índios sioux)."

A maldição, segundo a doutrina em questão, opera cegamente atingindo qualquer um ao seu alcance; vai se transmitindo indefinidamente através do tempo, até que um especialista em quebra de maldições a quebre; usa como meio receptor e transmissor um local, um objeto, uma pessoa, uma família, uma cidade, um país etc...; como uma energia maligna invisível, vai se espalhando [conforme os milhares de "testemunhos" baseados em experiências subjetivas e desmentidas pela Bíblia]. A maldição em certas circunstâncias parece operar por si mesma, como um mal invisível que tem personalidade própria e poder de se auto determinar; já em outras circunstâncias parece ser uma energia maligna operacionalizada por demônios, que são chamados de "espíritos familiares". Essa maldição tem que ser quebrada pela intervenção humana num ritual que difere de especialista para especialista.

Os diferentes elementos do ritual herege da quebra de maldição:

à Busca de palavras de conhecimento e de revelações extra-bíblicas para se descobrir a causa específica das maldições hereditárias. Na busca das causas da maldição, vale até entrevista com demônios. Marilyn Hickey conta: "Certa vez expulsamos um espírito mau de uma mulher. Perguntamos a ele: ‘Quando você entrou aí?’ Ele respondeu com alguma coisa jocosa. Então indagamos: ‘Por que você está aí?’ Ele respondeu: ‘Porque se eu a peguei, pego também o filho dela!’ Aquela mulher foi liberta!"

à Declaração de que não se aceita os problemas porque são fruto de maldição;
à Oração a Deus e Profissão de Fé ao Diabo. Marilyn Hickey narra um caso desses: "Amado Pai Celestial, Tu me amas! Tu enviaste Teu Filho para quebrar esta maldição... Tenho o Seu Nome... Nome que protege. Seu sangue me purifica de imediato. Estou liberto pelo sangue. No Nome de Jesus, amém. Agora, em voz alta, faça esta profissão de fé: ‘Satanás! Tu e os teus maus espíritos do alcoolismo ouviram a oração que acabo de fazer! Tiveste a tua chance, mas o teu poder está quebrado... Em Nome de Jesus, a tua maldição está quebrada... Por isso, diabo, afasta-te daqui e não tornes nunca mais!".

à Exorcismo com palavras de ordem amaldiçoando a Satanás para amarrá-lo e livrar a geração por ele amaldiçoada. Marilyn Hickey diz: "O diabo é o valente. O que temos de fazer a ele? Amarrá-lo. E depois? Nós lhe tomamos a casa – ou aquela geração! Nós dizemos: Ei, diabo, espere um minuto! A minha geração não pertence a você porque eu o amarrei em Nome de Jesus, e você não vai fazer isso! É isso que fazemos: Rompemos a maldição em Nome de Jesus."
Aqui encontramos uma maneira simplista, mística, ilusória, e ineficiente de se enfrentar problemas causados por pecado. Essa é uma fantasiosa vitória sobre o pecado. A fórmula correta de vitória sobre o pecado é arrependimento contínuo que conduz a uma vida de piedade caracterizada por temor a Deus, desejo de Deus e amor a Deus, ou seja, um sincero e humilde cultivo da santidade na dependência do Espírito Santo e obediência da Bíblia.

à Mudança no Conceito de Pecado: Pecado passa a ser mais uma coisa que herdamos de nossos ancestrais e portanto não somos culpados, do que uma coisa na qual somos responsáveis diretamente.

à Arrependimento não bíblico: Depois de ser protagonizado e ensinado todo esse confuso e anti-bíblico ritual acima, Marilyn Hickey insatisfeita e insegura de sua metodologia acrescenta a única coisa que era necessária desde o início: "O que quebra a maldição é o arrependimento." – Bastaria o arrependimento, e nada das invenções seria necessário.

    2. Heresias Específicas da Doutrina da Maldição Hereditária

a) Antropocentrismo e o Poder Onipotente das Palavras Humanas: Anulação da soberania divina e caos na terra.

à O poder divino das palavras humanas - As palavras do Evangelho da Maldição têm poder em si mesmas: São comparadas às sementes, que tem dentro de si mesmas o poder para germinar. – "As palavras são como sementes que, caindo em solo próprio, achando as condições favoráveis, germinam, crescem, frutificam..." "Nossas palavras podem alimentar ou anular a ação de Satanás." "Convidei-a para orarmos juntos. Pedimos a Deus a solução dos conflitos emocionais e depois, de comum acordo, quebramos e anulamos a maldição das palavras de zombaria. Naquele momento, o Senhor a libertou." Jorge Linhares, Pgs. 16, 11, 12.

à Incoerência – Pedem a Deus a solução do problema e depois como se fossem oniscientes e onipotentes decretam a solução desse mesmo problema.

à Humanismo Mal Disfarçado: O homem é que coloca maldições mediante suas palavras de praga e outro homem, mediante palavras de oração a Deus e repreensão do diabo, quebra essas maldições. Deus entra apenas como ator coadjuvante, com um papel secundário e quase dispensável.

à Um exemplo de Heresia: Mãe define o futuro da filha por dizer-lhe palavras impensadas – "Quando você se casar e tiver filhas não haverá paz em sua casa. Eles serão contenciosos e a discórdia será uma constante. Depois de algum tempo ela se casou. Vieram os filhos, e a maldição cumpriu-se plenamente. A casa virou um inferno... tivemos um tempo de aconselhamento e oração, e a maldição foi quebrada." Linhares, Pg. 15

à Teoria Que Implica Caos do Universo – No caso das palavras duras da mãe em relação ao futuro da filha, se é verdade que o lar da moça se tornou um inferno por causa da maldição da mãe, isso seria terrível, pois isso implicaria que o destino das pessoas e do universo estariam no poder das palavras de pecadores inconsequentes, falíveis e imprevisíveis. Isso geraria um caos e um descontrole total da vida na terra. Isso anularia a própria soberania de Deus no Universo. Isso tiraria o governo das mãos de Deus e o colocaria na boca dos homens. Isso é ridículo, antropocêntrico e anti-bíblico.

b) Deus Depende das Palavras Humanas Para Agir?

à Um Deus dependente do homem – Este é o Evangelho da Confissão Positiva e do Evangelho da Maldição – "Palavras produzem bênção... [ou] maldição... Palavras negativas... dão lugar a opressão demoníaca... ...Palavras positivas (confissão positiva), amorosas, de fé, de confiança em Deus, liberam o poder divino para desfazer a opressão..." Linhares, Pg. 16, 18
à Uma caricatura do Deus da Bíblia – Essa afirmativa deixa Deus dependente das palavras humanas para liberar seu poder. É quase como se Deus precisasse de autorização humana para agir. Esse não é o Deus da Bíblia, é, sim, uma grotesca caricatura do Deus da Bíblia. De fato, um Deus destronado pelo homem, que proclama as suas pretensões à divindade quando imagina que suas palavras podem fazer tudo acontecer.

à Psicoterapia Freudiana Mistificada – ou Doutrina da Transferência de Culpa do Pecador para seus ancestrais. Consiste na transferência da culpa e da responsabilidade do comportamento pecaminoso pessoal de alguém para parentes, amigos, professores etc... que no passado disseram algo impensado.

Tentar ajudar alguém, aliviando a sua culpa por transferi-la para "maldições" herdadas da família é apenas uma variação maligna da técnica criada pelo ateu Sigmund Freud, que, em vez de usar "maldição", usa os termos "complexos" e "doença mental" para explicar comportamentos anormais e erros das pessoas, lançando a responsabilidade de seus pecados e crimes em seus parentes e professores de um passado distante..

à O Evangelho da Maldição é um Processo Sutil de Transferência de Culpa – Seus mentores atribuem todos os pecados à maldição hereditária: "...comecei a perceber nos testemunhos de prostitutas, homossexuais, ladrões e assassinos, que quase sempre seu envolvimento nesses tipos de vida irregular fora precedido por palavras de maldição, proferidas principalmente pelos pais." Linhares Pg.29

Marilyn Hickey diz: "Essas coisas que nos perturbam e apoquentam são, realmente, maldições de famílias ou de gerações – problemas que começaram com os nossos ancestrais e vieram até nós. E o que é pior: eles não vão parar aqui; podem ser transmitidos aos nossos filhos e aos filhos dos nossos filhos!"

O pecador que pela sua natureza decaída já gosta de arrumar desculpas para os seus pecados lançando ou transferindo a sua culpa para outros, encontra nesta teoria diabólica um meio fajuto de aliviar sua consciência por lançar sua própria culpa sobre os outros. Adão, após a queda, transferiu sua culpa para Eva, e Eva, para a serpente (Gn 3).

O tremendo mau que o ateu Freud fez através da psiquiatria no mundo secular os defensores da maldição hereditária de família estão fazendo no meio evangélico, criando um bando de gente irresponsável pelos seus próprios pecados.

à O Evangelho da Maldição usa os ancestrais como bodes expiatórios das culpas presentes dos pecadores. Deus abomina essa inversão maligna: "O que justifica o perverso e o que condena o justo são abomináveis para o Senhor, tanto um quanto o outro." Pv 17.15. A seguir damos exemplos do que acabamos de falar:

Culpar os pais por comportamento homossexual – "depois de ser tanto amaldiçoado, acabei me envolvendo com homossexualismo". (Linhares, Pg. 13).

Confrontação invertida – Mais adiante no livro, Linhares confronta o pai de um jovem homossexual com as seguintes palavras: "...ele [o gay] é homossexual por sua culpa [do pai]... O senhor como pai o amaldiçoou desde pequeno, chamando-o de mulherzinha." Pg. 31.

Responsabilidade invertida – Na confrontação acima ainda diz para o pai: "Tudo pode mudar. Depende de você [se referindo ao pai]." (Pg. 31). O ridículo e anti-bíblico nessa confrontação invertida e absurda de pecados é que Linhares diz que a mudança da situação de homossexualismo do jovem gay depende do pai por quebrar a maldição proferida por ele, e não do rapaz em pecado.

Arrependimento, e não quebra de maldição – Em vez de ficar procurando um bode expiatório no passado para lançar a culpa do pecador, deve-se seguir o processo bíblico de levar o pecador a assumir pessoalmente toda a culpa por seu comportamento pecaminoso, iniciando assim um processo genuíno de arrependimento e restauração.

c) O pacto com o diabo à revelia do consentimento da pessoa. 

Essa doutrina coloca o diabo como centro de todos os problemas humanos. Podemos fazer um pacto com o diabo entregando outra pessoa a ele? Isso sem que aquele que fez o pacto e o que é entregue saber ou fazer isso conscientemente?

à O caso de entrega de uma pessoa ao diabo motivada pela maldição da mãe. – A mãe disse para a filha: "Sua burra, preguiçosa, o diabo que te carregue." Em seguida Linhares diz: "Mesmo sem intenção, [essa mãe] entregara a filha ao diabo. Livro "Benção e Maldição, Pg. 19).

O homem de Corinto é entregue a Satanás por causa de seus próprios pecados, e não porque alguém com raiva dele decidiu fazer isso (1 Co 5.1-5). A decisão de entrega espiritual de vida tem de ser algo individual e intransferível.

Essa pseudo-guerra contra o diabo é um espetáculo de supervalorização dele com desvalorização da soberania de Deus. Deus é o soberano absoluto do Universo, o sumo bem, e faz o que lhe apraz.

d) A Palavra de Deus versus as Palavras do Homem.

As palavras humanas têm poder em si mesmas para realizar aquilo que dizem? A resposta é não. As palavras que têm poder em si mesmas são as palavras de Deus, escritas na Bíblia.
Quanto poder têm as palavras humanas? Somente o poder que Deus queira lhes dar conforme o Seu propósito. A palavra humana que tem poder é aquela que é falada em nome de Deus, como no caso dos profetas bíblicos, ou dos pregadores da Palavra escrita na Bíblia.

"Assim veio a Palavra do Senhor por intermédio do profeta Jeú, filho de Hanani, contra Baasa e contra a sua descendência." 1 Re 16.7 - "disse a Elias: Nisto conheço agora que tu és homem de Deus e que a palavra do Senhor na tua boca é verdade." 1 Re 17.24

A palavra que não volta vazia sem cumprir o seu propósito é a palavra de Deus e não a palavra dos homens: "assim será a palavra que sair da minha boca: Não voltará para mim vazia mas fará o que me apraz e prosperará naquilo para que a designei." Is 55.11.

O poder e efeito das palavras do homem são como a flor que murcha, mas a palavra de Deus é diferente: "seca-se a erva, e cai a sua flor, mas a palavra de nosso Deus permanece eternamente." Is 40.8. Portanto, não é a palavra dos homens que devemos temer, mas a Palavra de Deus.

Quanto poder tem a "Palavra de Fé" ou pronunciado com fé, conforme Marcos 11.21-24? – O que é de errado com a "confissão positiva"?

"Então, Pedro, lembrando-se, falou: Mestre, eis que a figueira que amaldiçoaste secou. Ao que Jesus lhes disse: Tende fé em Deus; porque em verdade vos afirmo que, se alguém disser a este monte: Ergue-te e lança-te no mar, e não duvidar no seu coração, mas crer que se fará o que diz assim será com ele. Por isso, digo-vos que tudo quanto em oração pedirdes, crede que recebestes, e será assim convosco."

Os defensores da Confissão Positiva interpretam mal esse texto, como se Deus estivesse dando total soberania e poder irrestrito às palavras do homem (poder para conseguir qualquer coisa, bastando para isso pronunciar, declarar ou confessar o que se quer], e a chave dessa soberania seria a fé. Mas o que seria essa fé em Mc 11.21-24? É fé centralizada em Deus: "Tende fé em Deus." (v. 22); é fé que não carece de sinais visíveis (Jo 20.29; II Co 5.7).

O que essa fé não é: não é fé na fé – ou seja, como se a fé fosse algo em que se deva confiar. Não se deve confiar no poder da fé, mas na pessoa de Deus (Mc 11.22); não é fé no homem – "Maldito o homem que confia no homem." – isso é confiar em si mesmo. (Jr 17.5); não é fé que funciona independentemente da vontade de Deus – "E esta é a confiança que temos para com ele: que se pedirmos alguma coisa segundo a nossa vontade ele nos ouve." 1 Jo 5.14.

Conclusão – Um confronto entre verdade e erro.

Os autores dos livros examinados dão várias fórmulas para se quebrar a maldição hereditária de famílias. Essas fórmulas contém coisas bíblicas, outras anti-bíblicas, e ainda outras inventadas simplesmente por incredulidade dos autores, que gostam de andar pela vista e não pela fé.

É verdade – Que o pecado gera maldição [castigo] na vida do sujeito autor desse pecado. "a maldição, se não cumprirdes os mandamentos do Senhor [pecado], vosso Deus, mas vos desviardes do caminho que hoje vos ordeno..." "Aquilo que o homem semear ele ceifará."

Exemplos de pecados específicos causadores de maldição ou castigo divino ao pecador: Gostar de amaldiçoar, praguejar, e desejar mal aos outros )Sl 109.17; Rm 12.14); idolatria (Dt 27.14,15); Feitiçaria (Dt 18.10-14); Rebeldia contra os pais (Dt 27.16); Mudar os marcos da terra (Dt 27.17); Crueldade com deficientes (Dt 27.18); Imoralidade Sexual (Dt 27.20-23) etc...

É mentira – Que a maldição de outra pessoa, conseqüência dos seus pecados, seja transmitida como herança a seus familiares; cada um dará conta do seu pecado. "Assim, pois, cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus." Rm 14.12

É verdade – Que as conseqüências do pecado de alguém afetam indiretamente seus familiares e conhecidos, pois ninguém peca para si só. As conseqüências atingem a todos. "No seu caminho há destruição e miséria." Rm 3.16.

É mentira - Que os problemas (espirituais, psicológicos e de saúde) dos filhos são conseqüência de maldição herdada dos pais. Por exemplo: a sífilis em uma criança pequena é resultado da maldição ou castigo da prostituição do pai, porém, não é a maldição em si mesma, mas sim é resultado da maldição dos pais. E neste caso a sífilis da criança não é uma maldição a ser quebrada, mas uma doença a ser curada. "A alma que pecar essa morrerá." - e não outra que não pecou. (Ez 18.4)

É verdade – Que as palavras humanas podem se tornar muito destrutivas. Joseph W. Stowell resume bem o poder destrutivo das palavras: "as palavras podem ser destrutivas em três aspectos. Elas podem destruir (1) nosso relacionamento com Deus, (2) nosso relacionamento com aqueles que amamos e até (3) nosso relacionamento conosco mesmo." Depois acrescenta: "Ter uma língua é como Ter dinamite entre os dentes: é preciso pensar nisso." [O Controle da Língua – Pg.14 – Editora Batista Regular].

Tiago nos adverte: "a língua é fogo; é mundo de iniqüidade... contamina o corpo inteiro... põe em chamas toda a carreira da existência humana, como é posta ela mesma em chamas pelo inferno." Tg 3.6. Não que elas tenham um poder místico nelas próprias para destruir, mas que podem promover destruição pelos efeitos causados pela reação negativa e anti-bíblica de pessoas muito sensíveis.

Uma pessoa disse algo muito sábio acerca de agressões verbais. Ela disse: "quem é dono de sua boca diz o que quer; eu sou dona dos meus ouvidos e escuto o que quero." Em resumo, as palavras humanas de maldição só terão poder em quem vier a escutá-las com temor, e venham a se deixar impressionar psicologicamente pelas mesmas. Vejamos Eclesiastes 7.21,22 – "Não apliques o coração a todas as palavras que se dizem, para que não venhas ouvir o teu servo amaldiçoar-te, pois tu sabes que muitas vezes tu tens amaldiçoado a outros."

Charles Spurgeon também aconselhava as pessoas a terem um ouvido surdo, e dizia: "Não dês o coração a todas as palavras ditas – não as leve ao coração ou não lhes dê importância, não atentes para elas, nem procedas como se as tivesse ouvido. Você não pode deter a língua das pessoas; portanto, a melhor coisa é deter os seus próprios ouvidos, e não ligar para o que digam. (Lições aos meus alunos – Pg. 174 – Publicações Evangélicas Selecionadas).

Outra mentira é dizer que as palavras de maldição têm poder em si mesmas. As palavras dos amaldiçoadores são como eles próprios: "vento" (ocas, vazias ou sem poder em si mesmas), porém voltarão para eles como um bumerangue, pois quem deseja o mal aos outros está desejando para si mesmo. – "Até os profetas não passam de vento, porque a palavra [de Deus] não está com eles; as suas ameaças [maldições] se cumprirão contra eles mesmos." Jr 5.13.
Ainda as palavras e as maldições dos prognosticadores ou profetas que não são inspirados por Deus são consideradas como PALHA – sem nenhum valor, ou possibilidade de se cumprir – Jr 23.28-31.

Aqueles que amaldiçoam o seu próximo estão ignorantemente se colocando em curso de colisão com a própria maldição que proferem, não porque as suas palavras tenham poder em si mesmas, mas porque Deus os fará colher a maldição que está plantando para outros. – "Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois tudo aquilo que o homem semear também ceifará." "Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam assim fazei-o vós a eles." (Gl 6.7; Mt 7.12).

Ainda é mentira dizer que o homem tem a prerrogativa de autorizar o diabo a cumprir maldição de suas palavras na vida de outros.

Aqui há uma inversão conceitual, pois conforme a Bíblia é a humanidade que "jaz no maligno" e não "o maligno jaz na humanidade". O mínimo que um homem pode fazer é "dar lugar ao diabo" em sua própria vida, ou seja, fazer ou dizer coisas que darão progressivo controle de Satanás sobre sua vida. Porém, a Bíblia nunca diz que podemos autorizar o diabo a executar maldições na vida de outros. (1 Jo 5.19; Ef 4.27).

Essa definição veio da feitiçaria e da bruxaria. Na feitiçaria lançar feitiço equivale a lançar malefício ou maldição de feiticeiro.


De fato, não há real base bíblica e teológica para as definições e práticas da maldição hereditária. Quando Jorge Linhares, Marilyn Hickey e outros defensores dessa heresia usam versículos da Bíblia, usam textos que falam do poder das palavras, e de maldições, mas tirando-os do contexto, manipulando-os e adulterando o sentido da Palavra de Deus, e, para apoiar a sua doutrina insustentável biblicamente, usam um grande número de supostos testemunhos, com interpretações subjetivas e falaciosas. O fato é que os textos usados por eles não dá respaldo à teoria humanista e mística da maldição hereditária da família defendida por eles e por muitos outros.

A BÍBLIA E OS USOS E COSTUMES


A questão dos usos e costumes entre os evangélicos brasileiros, e principalmente entre os pentecostais, não é matéria pacífica. As questões suscitadas, são geralmente vinculadas ao uso de brincos, braceletes, colares, joias, roupas,batons, etc., os quais são tidos por algumas denominações, instrumentos incompatíveis com a santidade de uma mulher evangélica, pois, são elas as mais visadas. É verdade que algumas denominações pentecostais, mais antigas no Brasil, e que durante vários anos não toleravam seus membros de usarem estes utensílios, vêm repensando tais concepções e tolerando algumas práticas, permanecendo, contudo, a concepção geral de que os ensinos bíblicos condenam estes usos e costumes.

A prática evangélica tem demonstrado que nem sempre é fácil separar doutrina e costume. A primeira, de caráter permanente, ou seja, são verdades reveladadas por Deus aos homens, imutáveis no tempo; a segunda, transitória, passível de mudanças.

Considerando a importância do tema e desejoso de trazer-lhes um ensino bíblico maduro, propus no meu coração, examinar alguns usos e costumes vivenciados pelos israelitas no decorrer de sua história, bem como, os ensinos do Novo Testamento acerca da questão, a fim de contribuir na edificação da Igreja do Senhor Cristo.

USOS E COSTUMES ENTRE OS ISRAELITAS

O que a bíblia diz sobre jóias e brincos? O uso de tais adereços impede a comunhão com Deus?
Examinado o livro de Êxodo 3.21 a 22, encontramos o povo de israel saí do Egito com utensílios de ouro e prata, como determinação do próprio Deus: "EU darei mercê a este povo aos olhos dos egípcios; e, quando sairdes, não será de mãos vazias" - "Cada mulher pedirá à sua vizinha e à sua hóspeda, jóias de prata, e jóias de ouro, e vestimentas; as quais porei sobre vossos e filhos e sobre vossas filhas; e despojareis os egípcios".Ora, o texto trás uma verdade bíblica, qual seja, era tradição dos israelitas utilizarem o ouro e a prata. Qual o uso que faziam deles?

Encontramos em 1Cr 29.1- 9, o rei Davi oferecendo ouro e prata de sua propriedade particular a serem utilizados no futuro templo de Jerusalém, e não apenas o rei Davi, mas o povo contribuiu com com suas pedras preciosas. Avançando na questão, veremos o uso do ouro e da prata pelas mulheres israelitas como peças de adornos pessoais: "Disse-lhes Arão; tirai as argolas de ouro das orelhas de vossas mulheres, vossos filhos e vossas filhas e trazei-mas". "Então, todo o povo tirou das orelhas as argolas e as trouxe a Arão"(Êx 32.2-3). O texto citado evidencia o uso de argolas ou brincos pelos israelitas, como parte da tradição hebraica.

Disto decorre que a obediência do povo israelita a Deus não condicionava-se ao uso jóias de ouro e prata, usos de brincos, braceletes, etc.

Vejamos mais um exemplo bíblico do relacionamento de Deus com seu povo e a questão dos costumes das mulheres israelitas. Ez 16. 11-12, faz menção da mensagem trazida pelo profeta da parte de Deus a Israel. Nesta passagem o próprio Deus assume a posição de um homem israelita e compadece-te de uma mulher e a toma para si, dando-lhe presentes. Citemos na íntegra esta passagem para que não paire dúvidas concernetes as declarações aqui expostas.

"Também te adornei com enfeites e te pus braceletes nas mãos e colar à roda do teu pescoço".
"Coloquei-te um pendente no nariz(ou testa, em outra versão),arrecadas nas orelhas e linda coroa na cabeça".

As citações referedam o entendimento já exposto, qual seja, os usos e costumes praticados pelos israelitas não eram empecilhos à comunhão com Deus, fazendo parte da cultura israelita o usos de tais adornos pessoais.

Há quem justifique uma postura mais conservadora concernente ao tema, fundamentado em Is 3.20. Quanto a esta passagem bíblica, o contexto da mensagem a partir do capítulo III, demonstra que Deus não está preocupado com os usos e costumes das mulheres israelitas e sim com a situação espiritual do povo, os quais estão distantes da vontade de Deus, preocupados com seus próprios interesses, decorrendo disto uma profecia de julgamento sobre todo Israel e Jerusalém. As mulheres israelitas também serão julgadas por Deus, não pelo uso de braceletes, enfeites, etc., mas pela indiferença face a vontade de Deus. Esta profecia foi cumprida quando Israel foi levado cativo à Babilônia e Jerusalém destruída.

OS USOS E COSTUMES E O NOVO TESTAMENTO

Não há no Novo Testamento uma doutrina a respeito de usos e costumes. Encontramos algumas considerações dos apóstolos Pedro e Paulo sobre o assunto, à título de princípios norteadores às igrejas.

O Apóstolo Pedro em sua primeira carta escreve: "Não seja o adorno da esposa o que é exterior, como frisado de cabelos, adereços de ouro, aparato de vestuário". "Seja, porém, o homem interior do coração, unido ao incorruptível trajo de um espírito manso e tranquilo, que é de grande valor diante de Deus". Pois foi assim também que a si mesma se ataviaram outrora, as santas mulheres que esperavam em Deus, estando submissas a seu próprio marido"(1Pe 3.3-5).

Ora, o apóstolo está dirigindo uma palavra específica as mulheres casadas e em nenhum instante do texto, há uma ordem direta de proibição. Os usos e costumes citados servem para demonstrar a superioridade dos valores espirituais em relação à aparência exterior, de caráter transitório.

O ensino de Pedro harmoniza-se com as admoestações de Paulo(1Tm 2.9). Este recomenda que as mulheres usem trajes decentes e se ativiem com modéstia e bom senso.

Assim, as expressões modéstia e bom senso, sintetizam a concepção neo-testamentária.
JESUS E OS USOS E COSTUMES

A preocupação de Jesus em seu ministério foi de fazer conhecida a vontade Deus, realizando o plano da salvação. Seu ministério era tríplice: pregação do reino de Deus, ensino da palavra, cura espiritual e física. Jesus Cristo não estava preocupado em criar obstáculos ao crescimento do reino de Deus, estabelecendo normas sobre costumes a serem seguidos pelos seus discípulos, pelo contrário, em Mt 15.1-20 e Mc 7.13, Ele censura os fariseus que queriam com suas tradições invalidar a palavra de Deus, através de seus legalismos.

CONCLUSÃO

Em face das considerações apresentadas conclui-se:
1. Era prática comum entre as mulheres israelitas o uso de jóias de ouro, prata, brincos, braceletes, véus, e outros adereços semelhantes. Esta prática fazia parte da cultura hebraica e não constituía empecilho a comunhão com Deus.

2. Os ensinos apostólicos, especificamente de Pedro e Paulo, fazem algumas restrições à prática de determinados usos e costumes à época, mas o essencial da mensagem é o princípio neo-testamentário de uso de modéstia e bom senso nos usos e costumes.

3. Jesus Cristo durante seu ministério não faz menção de proibições sobre os usos e costumes, suas críticas às tradições dos fariseus, evidenciam a preocupação em não criar empecilho ao crescimento do seu reino, o que pode ser aplicável à Igreja atual.


quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Morte de garota de 8 anos movimenta ativistas em torno do Iêmen



Em pleno Terceiro Milênio, em pleno século 21, ainda temos que conviver com esse tipo de situação!  










E ainda haverá os que falarão, que é uma questão de cultura de cada Povo. 

Isso é um crime, não apenas contra crianças inocentes, ou contra as mulheres, que nesses Países não têm o menor valor. 

Esse tipo de situação é um crime contra a humanidade! 

E os Governantes Mundiais se preocupando com o quê?

Morte de garota de 8 anos movimenta ativistas em torno do Iêmen.

A morte de uma garota de oito anos no Iêmen, após a lua de mel com seu marido de 40 anos, movimenta ativistas e parte da comunidade internacional. Rawan foi vendida por seu padrasto por um saudita por cerca de R$ 6 mil e, no último sábado (7), morreu por conta de ferimentos internos no útero.

Ativistas de direitos humanos agora pedem que a família de Rawan e seu marido, que não teve o nome revelado, sejam responsabilizados e punidos pela morte da garota. Há também o pedido de que os países do Oriente Médio criem leis que proíbam o casamento de menores de 18 anos.

A mudança nas leis foi proposta em 2009, mas rejeitada pela ala conservadora dos parlamentares da Arábia Saudita, que julgaram a proposta como "não islâmica". Um ano depois, uma menina de 13 anos morreu após cinco dias de sangramento interno causados também após relações sexuais com seu marido, fruto de um casamento comprado.

Em entrevista ao jornal alemão Der Tagesspiegel, um ativista considerou o fato como "horrível e cruel".

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

A Marcha dos Alienados



Por Rev. Cláudio Marra


Vi a matéria de uma emissora de televisão sobre a Marcha para Jesus em sua edição paulistana.















Os “evangélicos” agora dão ibope, atraem anunciantes, e os repórteres e âncoras demonstram ao relatar o evento um entusiasmo e uma alegria quase tão grandes e espontâneos como os exibidos durante as coberturas futebolísticas. O enorme número de participantes é destacado, bem como o caráter absolutamente pacífico da manifestação. Algumas “rezas” são colocadas ao alcance dos microfones. O povo ajoelhado no asfalto acompanhando a oração do animador recebe atenção especial. Para impressionar com o elevado número de participantes, as câmeras tomam cuidado para não incluir os buracos no meio da massa humana.

Alguns manifestantes procuram mais ou menos discretamente aproveitar a onda de civismo que varreu o país (ainda varre, quando escrevo este editorial), mas o viés é mesmo o do hedonismo neoevangélico: todos curtem “se dar bem” e é isso que estão celebrando. As bênçãos cantadas e relatadas não são as espirituais com que o bendito Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo nos tem abençoado nas regiões celestiais em Cristo. São celebrados os benefícios de uma viagem segura e tranquila até à marcha, o elevado número de participantes e, é claro, além de outras dádivas bem temporais, um emprego que a irmãzinha estava esperando e para o qual foi chamada – pasmem os incrédulos – em pleno sábado!

Essa perspectiva temporal, porém, não vai além dos respectivos umbigos. Enquanto as manifestações em todo o país clamaram pelo fim da corrupção, a Marcha para Jesus revelou-se a Marcha dos Alienados. Entrevistado pela simpática emissora, um articulado e controvertido líder dos peregrinos afirmou que a Marcha era o meio de os evangélicos mostrarem que também são cidadãos brasileiros.

Esse oportunismo beira a velhacaria, mas isso não é tudo. Acaba revelando-se também uma confissão de que esses evangélicos praticam o isolacionismo e a alienação. Deveriam ser sal da terra e luz do mundo, mas recusam-se a misturar-se com a sociedade que deveriam salgar e acabam usando a luz de outros faróis para lhes iluminar o caminho.

Os evangélicos deixaram os sindicatos para os marxistas ateus e depois reclamam que lá só tem... esquerdistas. Deixaram as sociedades de amigos do bairro, as associações de pais e mestres, as reuniões de condomínio, os partidos políticos e outras formas de organização civil, para os incrédulos, para reclamar depois que “lá só tem incrédulos”. Agora evitam as manifestações sociais para organizar sua própria passeata, porque julgam-se muito melhores do que a sociedade e não podem se misturar. Como se a bancada dos “evangélicos” fosse melhor do que qualquer outra, em Brasília.

Honrando as lições da Escritura e a herança da Reforma, os evangélicos históricos e o presbiterianismo em particular são desafiados a fazer muito melhor do que isso.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Vergonha gospel


Você sabia que o deputado Natan Donadon condenado pela justiça e absolvido pela câmara dos deputados na semana passada é evangélico, e que foi exatamente a bancada evangélica quem viabilizou sua permanência no cargo, impedindo a sua cassação?













Pois é, parece que, uma vez declarando-se evangélico, alguns pseudocrístãos recebem “autoridade” para fazerem o que quiserem porque sabem que serão “abençoados e absolvidos” pela cúpula de “evangélicos” políticos nesse nosso Brasil.
É simplesmente ridícula a cultura “evangélica” que cresce em alguns setores da nação brasileira. É vergonhoso ouvir declarações de deputados “evangélicos” que levantam bandeiras com o significado de proteção familiar, ordem moral, etc., mas que no fundo possuem um único objetivo, criar a cultura do medo e da dependência política religiosa (algo que a Igreja de Cristo Jesus jamais necessitou, porque o Senhor da Igreja sempre a protegeu e a guiou). E não adianta vir lançar “praga gospel” para cima de mim (porque a minha vida e consciência estão protegidas pelo sangue do Cordeiro), dizendo que estou traindo a cultura evangélica e que pagarei caro por não apoiar o movimento dos pajés desse conclave que começa no seio da Igreja e respinga na política brasileira.
Caso, a Igreja de Cristo Jesus no Brasil de fato algum dia for perseguida politicamente ou socialmente na sua historia, terá sido porque a soberania de Deus assim permitiu. Maiores provações passaram e ainda passam nossos irmãos em diversos lugares pelo mundo, e porque nós brasileiros não poderíamos passar por provações semelhantes? (sinceramente acho que em muitos aspectos seria de grande valia algumas provações, para que a figueira fosse balançada e assim evidenciasse quem de fato é do Evangelho de Cristo Jesus ou simplesmente do “movimento evangélico” com suas idiossincrasias).
Deus nos chamou através de Cristo Jesus para a liberdade, para a consciência que discerne, para o culto racional, para uma vida moderada e alicerçada na verdade que liberta. Porém, a sensação atual é de que a proposta de algumas lideranças é impedir o povo de pensar, criando através de gritos de guerra, palavras de ordem e persuasão midiático, o surto de manada, onde todos seguem sem saber o motivo, alguma direção sem saber a razão.
Sou evangélico, mas não sou massa de manobra política religiosa. Sou evangélico, mas não sou gado vendido por lideranças evangélicas
a partidos políticos em época de eleição. Sou evangélico, mas não é a coletividade quem determina quem me representa (só porque o individuo canta, prega e faz pose de manequim gospel em rede nacional). Sou evangélico, mas continuo pensando, refletindo, questionando, e ninguém, absolutamente ninguém vai tirar este meu direito concebido pelo evangelho de Cristo Jesus. Sou evangélico do evangelho de Cristo Jesus, e não desta cultura “evangélica” que cresce no Brasil e que não possui nada do evangelho de Cristo! Deus nos salve desses “Evangélicos”!!!

Igrejas Cowboy promovem mini rodeios e se multiplicam

Enquanto pastores de todo país se preocupam com o que fazer para atrair pessoas, Steve “Doc” Timmons, 57, sobe ao púlpito usando calça jeans, botas e um chapéu de palha. Os bancos estão quase todos lotados. Ele abre a Bíblia e anuncia: “Os livros do Antigo Testamento deixam uma coisa bem clara: é impossível para o homem guardar a lei de Moisés”.





É mais um dia de culto na Igreja Cowboy de Santa Fe, Novo México. O templo na verdade é um antigo armazém. Seu altar tem como decoração selas, chapéus, botas, um laço e roda de carroça. No início da cerimônia, a banda entoou um hino com nome engraçado “Eu acho que, em seu coração, Deus deve ser um cowboy”. Os fieis animadamente batem palmas e cantam juntos.

O pastor Timmons passou 25 anos trabalhando como consultor na intervenção de crises em zonas de desastre ao redor todo o mundo. Decidiu trocar os assentos de avião pelas cadeiras dobráveis de sua humilde igreja. Na frente do templo, uma sombra de um cowboy ajoelhado diante de uma cruz, ao lado de seu cavalo. A mensagem do letreiro é clara: “Não somos perfeitos, apenas perdoados”.
“Em muitos aspectos, as pessoas que vem aqui não são religiosos tradicionais. É uma maneira simples de se fazer igreja. Enfatizamos mais os relacionamentos que a religião. Acho que é por isso que nossas igrejas passaram por essa explosão”. Timmons está se referindo a um movimento não coordenado que deu origem às chamadas “igrejas cowboy”. Já são mais de 400 em 36 estados americanos. Mas o site oficial já lista oito congregações do tipo no Canadá e duas na Austrália.
O crescimento desse tipo de igreja nos últimos 15 anos foi suficiente para que o Seminário Truett, da Universidade de Baylor e a Universidade Batista de Dallas agora oferecem cursos para lideres das igrejas cowboy.
Algumas delas conseguiram atrair com sucesso os “sem igreja”, pessoas que nunca iam à igreja ou pararam de ir a muito tempo. A maior delas, a Igreja Cowboy de Ellis County, Texas, hoje tem uma média de 1700 pessoas presentes a cada domingo. Outras são itinerárias, acompanhando os diferentes rodeios de uma determinada região. Os lideres participam dos desfiles em carruagens que mais parecem ter saído de um filme de “Velho Oeste”.
O teólogo Charles Higgs, coordenador do programa de evangelização dos batistas do Texas, explica que há uma lição a ser aprendida: “As igrejas tradicionais vão precisar aprender a sair de suas paredes e fazer algo diferente do que estão fazendo”.
Engana-se quem pensa que os cultos atraem somente vaqueiros, são donas de casa, universitários, famílias da vizinhança e muitos “curiosos” que vieram conhecer e decidiram voltar. O caminhoneiro Steve Meador, 63, frequenta a Igreja Cowboy de Santa Fe há dois anos, desde que ela foi fundada. “O que eu encontrei nesta Igreja Cowboy é um grupo de pessoas que levam muito a sério o seu relacionamento com Jesus Cristo, com uma total falta de
pretensão”.
O pastor Rick Penner, da Igreja Cowboy Open Range em Whitney, Texas, ressalta: “A Igreja Cowboy não é convencional… Nosso santuário mais parece um celeiro… Até recentemente tínhamos fardos de feno para as pessoas sentarem”.
Uma característica distintiva dessas igrejas são os centros de vida familiar. Na Open Range existe uma miniarena de rodeio. As crianças pequenas podem “cavalgar ovelhas”. Os pais se divertem. “Quando as crianças pequenas… colocam o capacete, o colete… e montam numa ovelha, estão vivendo o sonho de todo menino de 6 anos de idade: ser um cowboy”, comemora Penner. Com informações NPR e Cowboy Faith.

Igreja Mundial é condenada a indenizar funcionário que era chamado de “jegue” por bispo


A atitude de um bispo da Igreja Mundial do Poder de Deus de zombar de um funcionário levou a Justiça a condenar a denominação liderada pelo apóstolo Valdemiro Santiago a indenizar o reclamante em R$ 15 mil.







O processo foi movido por um funcionário que foi contratado como editor de vídeo, e diversas vezes era posto para trabalhar em outras funções, e em certa ocasião, chegou a trabalhar por três dias na cozinha do templo.

Testemunhas ouvidas pela 2ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de Minas Gerais confirmaram que o funcionário havia sido chamado de “burrinho, macaquinho e jegue” pelo bispo responsável, além de atuar em áreas diferentes da que havia sido contratado.
O desembargador Anemar Pereira Amaral foi o relator do processo e afirmou que o assédio moral foi plenamente caracterizado, e apesar das alegações da ré, Igreja Mundial, de que os termos eram ditos em tom de brincadeira, o entendimento do magistrado foi de que as atitudes do bispo não eram condizentes com um ambiente de trabalho, que deve ser pautado por respeito e dignidade.
“A figura do assédio moral se caracteriza pela conduta abusiva do empregador ao exercer o seu poder diretivo ou disciplinar, atentando contra a dignidade ou integridade física ou psíquica de um empregado, ameaçando o seu emprego ou degradando o ambiente de trabalho, expondo o trabalhador a situações humilhantes e constrangedoras. Existindo prova de tais fatos nos autos, é devida a respectiva indenização reparadora”, definiu o relator.
Na súmula do processo, o desembargador Amaral ainda frisou que o dano neste caso era presumido, sendo assim, a vítima não necessitaria provar os prejuízos, mas apenas a prática do assédio.
“A expressão ‘dano moral’ não mais se restringe à sua concepção original ligada ao aspecto subjetivo, à ideia de dor, sofrimento, angústia, bastando o aspecto objetivo da lesão, identificado na violação da órbita jurídica do lesado como projeção de sua dignidade”, elucidou o magistrado.