Por: Anísio Renato de Andrade - MG
ANÁLISE DE I PEDRO 2:13 A 3:12
A) PROCEDIMENTO CRISTÃO NA VIDA PÚBLICA (2:13-17)
VISÃO GERAL DO TEMA
O cristianismo é essencialmente espiritual. Jesus disse: "Meu reino não
é deste mundo". Entretanto, o cristão não deixa de ter um corpo físico,
nem deixa de ser um cidadão como os demais. Estamos, ainda, inseridos num
contexto terreno, secular. Não podemos nos alienar em nome de uma
espiritualidade equivocada. O Texto em epígrafe nos ensina isso. O cristão não
pode ser omisso em relação às suas obrigações cívicas. Pelo contrário, deve ser
um cidadão da melhor estirpe, e, assim, ser motivo de glória para o nome do
Senhor.
2:13 -
Sujeitai-vos a toda instituição humana por causa do Senhor;
quer seja ao rei, como soberano.
A sujeição do cristão a Deus não o dispensa da submissão às autoridades
humanas. Tal sujeição não deve ser motivada pelo medo da punição, mas pelo fato
de tal atitude ter sido determinada pelo Senhor. O versículo é bem claro e abrangente:
"a toda instituição... quer seja ao rei..." Se o texto dissesse
apenas "Sujeitai-vos às instituições humanas", poderíamos querer
enumerar uma série de exceções. Entretanto, não nos é dada essa chance. A única
ressalva que podemos fazer é a seguinte: se a nossa sujeição é por causa do
Senhor, ela deixa de ser necessária quando as determinações superiores
contrariam a vontade de Deus. Resta ainda observar que o tom do verso é
imperativo; é uma ordem.
2:14 - "
Quer às autoridades como enviadas por ele, tanto para
castigo dos malfeitores, como para louvor dos que praticam o bem."
Esse verso é uma continuação do raciocínio do anterior. A submissão devida
ao rei deve ser também cumprida diante dos seus emissários. Aqui está o
princípio da representatividade. O representante de um governante deve ser
respeitado como se o próprio soberano estivesse ali presente. Por analogia,
lembremo-nos de que tal princípio é aplicado quando somos enviados por Deus
para executar determinada missão ou quando exercemos autoridade em nome de
Jesus. O texto nos mostra ainda, que a autoridade está habilitada a recompensar
seus subordinados de acordo com a atitude de cada um. Nisso está um reflexo da
justiça divina.
2:15 - "
Porque assim é a vontade de Deus, que, pela prática
do bem, façais emudecer a ignorância dos insensatos."
Deus se coloca como avalista da autoridade civil. A vontade divina é o pano
de fundo da autoridade humana. Logicamente, essa relação se desfaz quando o
governante pratica a injustiça. Entretanto, se tal coisa acontecer, o cristão
não estará dispensado de continuar sujeito às regras justas de tal governo. No
nosso caso, por exemplo, se determinado presidente da república desviar o
dinheiro público, isso não nos dá o direito de sonegar o imposto de renda.
Outro aspecto interessante do versículo é a ênfase colocada no aspecto prático
da vida cristã. Não nos será suficiente a profissão de fé, ou a declaração de
dogmas. A vontade de Deus culmina na prática. Como disse Tiago, "a fé sem
obras é morta." Nossas palavras podem surtir diversos efeitos, mas chegam
a um ponto e não podem mais avançar. Aí então faz-se imprescindível a
demonstração prática de tudo o que declaramos. Esta é a lição de vida que
precisamos ministrar diariamente a todos os que nos rodeiam. O efeito, a
princípio, será emudecer nossos opositores. Se fazemos o bem, não terão de quê
nos acusar. Este é o resultado inicial. O texto não vai além desse ponto, mas
sabemos que tal testemunho deverá trazer ainda efeitos positivos, tais como a
conversão de tais insensatos. Pedro está nos ensinando uma estratégia que deve
ser usada diante da oposição. É uma tática aparentemente estranha. É natural
que queiramos combater, discutir, protestar diante da "ignorância dos
insensatos". Entretanto, Pedro nos diz que devemos nos armar com a prática
do bem. Mais uma vez se evidencia o contraste entre o que seria a reação carnal
e a reação espiritual diante da oposição humana.
2:16 - "
Como livres que sois, não usando, todavia, a
liberdade por pretexto da malícia, mas vivendo como servos de Deus."
O versículo 16 trabalha com uma antítese : a liberdade e a servidão. O
cristão é livre, mas é também servo. Entretanto, devemos nos lembrar de que não
existe liberdade absoluta. Nunca existiu para ninguém em tempo algum. Nem Deus
é absolutamente livre. Pode parecer estranha a declaração, mas, de fato, Deus está
limitado pelo seu caráter, pela sua palavra e pela sua justiça. Ele não pode
fazer algo que contrarie os princípios que ele mesmo determinou. Quanto a nós,
temos liberdade em Cristo. O próprio complemento nominal "em Cristo"
já limita nossa liberdade. Não quero dizer que tal liberdade é insuficiente. De
modo nenhum, mas precisamos nos conscientizar dos nossos limites, que por Deus
foram delineados para nossa própria proteção. É, portanto, equivocada a posição
de quem, apelando para a liberdade cristã, se diz liberado da sujeição às
autoridades. Pedro adverte para o uso que se faz da liberdade. Este foi um dom
de Deus para os cristãos, mas a nossa parte é o uso que fazemos do dom. Assim,
Deus nos dá uma benção, mas podemos desvirtuá-la através da maneira como a
utilizamos. O texto nos dá a entender a presença da natureza pecaminosa no
cristão, quando menciona a malícia, que está presente em nós, apesar de
convertidos, e espera apenas um pretexto para se manifestar. Pensando no trecho
de forma global, entendemos que o cristão que é insubmisso às autoridades civis
está deixando sua velha natureza se manifestar em seu modo de vida. A palavra
do Senhor através de Pedro é no sentido de nos empenharmos na prática do bem,
cultivando o "modus vivendi" próprio do cristianismo.
2:17 - "
Tratai a todos com honra, amai aos irmãos, temei a
Deus, honrai ao rei."
A vida cristã deve se refletir em nosso relacionamento vertical, com Deus, e
em nossos relacionamentos horizontais, com as autoridades, com os irmãos e,
finalmente, com todas as pessoas. Pedro não deixa ninguém de fora. Caso
contrário, poderíamos querer enumerar algumas exceções de conformidade com
nossas preferências ou incompatibilidades.
B) PROCEDIMENTO CRISTÃO NAS RELAÇÕES DE TRABALHO (2:18-20)
VISÃO GERAL DO TEMA
Grande parte de nossas vidas passamos no ambiente de trabalho. Esse é,
portanto, um importante setor da vida humana. Precisamos aplicar às relações de
trabalho os princípios cristãos como em todas as outras áreas de nossas vidas.
Com relação ao trabalho surgem questões diversas porque estamos diante de um
ponto crítico das relações humanas. No trabalho emergem problemas relacionados
à justiça, ao dinheiro, à honestidade, à fidelidade, etc..
2:18 - Servos, sede submissos, com todo o temor aos vossos
senhores, não somente aos bons e cordatos, mas também aos perversos;"
É interessante observarmos que o cristianismo não se propôs a ser um fator
de alteração na ordem social vigente. Cristo não se opôs à escravidão, nem os
apóstolos o fizeram. Pelo contrário, nesse texto, Pedro aconselha os servos, ou
seja, os escravos, a continuarem sujeitos aos seus senhores. Da mesma forma,
Paulo aconselhou o escravo Onésimo a retornar ao seu senhor Filemom.
Entretanto, o mesmo Paulo disse que os servos que pudessem adquirir sua
liberdade de modo lícito, não deveriam perder tal oportunidade (I Cor. 7:21).
Aqueles que não o pudessem deveriam, conforme o versículo em análise, continuar
em sujeição, como cristãos exemplares. É bom observarmos que o autor está se
dirigindo a cristãos da camada mais baixa da sociedade. Isto nos leva a
considerar que o evangelho não tem por objetivo trazer a prosperidade no
sentido materialista do termo. Os escravos se convertiam e continuavam sendo
escravos. Isto não fazia deles cristãos de segunda ou terceira classe. O mais
importante é não sermos servos de Satanás. Aí está uma das questões vitais do
evangelho e do cristianismo. Finalizando, Pedro mostra que o servo cristão não
está dispensado de obedecer ao patrão incrédulo. Mais uma vez está eliminada a
exceção que poderíamos inventar.
2:19 - "Porque isto é grato, que alguém suporte tristezas,
sofrendo injustamente, por motivo de sua consciência para com Deus."
Novamente, Pedro nos coloca uma questão que contrata com a noção geral do
cristianismo. O cristão estará triste algumas vezes. A vida cristã não é,
necessariamente, um estado constante de alegria e contentamento. A tristeza e o
sofrimento fazem parte desse caminho que escolhemos trilhar. Um dos motivos de
sofrimento será a perseguição injusta que muitas vezes será empreendida contra
nós. E um dos lugares mais propícios para esse acontecimento é o local de
trabalho, principalmente quando nos negamos a participar de um evento ou até
nos opomos a cumprir determinada ordem a fim de resguardar nossa consciência e
nossa comunhão com Deus.
2:20 - "Pois, que glória há, se, pecando e sendo esbofeteados
por isso, o suportais com paciência? Se, entretanto quando praticais o bem,
sois igualmente afligidos e o suportais com paciência, isto é grato a
Deus."
Vemos nesse texto que todos serão esbofeteados nessa vida, seja por causa do
pecado, seja por causa da justiça. Já que não haverá escape, escolhamos o
sofrimento pela prática do bem, pois, esse nos trará recompensa diante de Deus.
C) PROCEDIMENTO CRISTÃO NA VIDA CONJUGAL (3:1-7)
VISÃO GERAL DO TEMA
Estamos diante de mais um ponto crítico da vida humana. O
matrimônio é o encontro de uma das maiores necessidades humanas e também um de
seus maiores desafios. O casamento pode ser um dos maiores motivos de
felicidade do ser humano, mas pode tornar-se também um de seus maiores
pesadelos. As autoridades civis mudam de tempo em tempo. O ambiente de trabalho
pode ser também ser trocado. As relações conjugais, porém, não têm essa
versatilidade. Um matrimônio mal iniciado ou mal conduzido pode marcar
indelevelmente a vida das pessoas envolvidas.
3:1 - Mulheres, sede vós, igualmente, submissas a vossos próprios
maridos, para que, se alguns deles ainda não obedecem à palavra, sejam ganhos,
sem palavra alguma, por meio do procedimento de suas esposas."
Em toda relação deverá haver o princípio da liderança, que, por sua vez,
implicará em autoridade e submissão. Isso não significa superioridade ou
inferioridade entre as partes. É uma questão de organização para que haja
funcionamento produtivo. Por exemplo, o cérebro controla o funcionamento do
coração, mas isto não significa que o coração seja menos importante que o
cérebro na vida do organismo. Ambos são vitais e indispensáveis. Entretanto, o
coração não pode controlar o funcionamento do cérebro. Não obstante, o cérebro
não funcionará sem que o coração lhe forneça a devida irrigação sangüínea. Na
vida conjugal, Deus determinou que o homem é o cabeça. O marido é o cérebro. A
mulher é o coração. No versículo em questão, Pedro diz que, assim como os
servos devem ser submissos aos seus senhores, "
igualmente" as
mulheres devem ser sujeitas aos seus respectivos maridos. O texto mostra que as
mulheres cristãs que possuem maridos ímpios não estão dispensadas de sua sujeição
a eles. Não devem também se posicionar como superiores na tentativa de lhes
impor a pregação do evangelho. Sua mensagem deve ser através de sua vida
irrepreensível.
3:2 - "ao observarem o vosso honesto comportamento cheio de
temor.”.
A mensagem que se prega pela prática do bem tem longo alcance. Até aqueles
que não nos dão oportunidade de falar estão sempre observando nossa maneira de
viver. O temor do Senhor é colocado como o motivo do comportamento honesto.
3:3 - "Não seja o adorno das esposas o que é exterior, como
frisado de cabelos, adereços de ouro, aparato de vestuário;"
Pedro não proíbe o adorno exterior, como muitos interpretam, mas ensina que
este não deve ser o ilusório substituto da beleza interior.
3:4 - "seja, porém, o homem interior do coração, unido ao
incorruptível de um espírito manso e tranqüilo, que é de grande valor diante de
Deus."
O versículo chama nossa atenção para valores que agradam a Deus. Se as
esposas colocarem como prioridade e alvo os valores espirituais,
conseqüentemente agradarão seus maridos.
3:5 - "Pois foi assim também que a si mesmas se ataviaram
outrora as santas mulheres que esperavam em Deus, estando submissas a seus
próprios maridos."
Nesse ponto, o autor apela para o exemplo das mulheres do passado. O exemplo
é um eficiente meio de ensino. Muitos relatos históricos da Bíblia têm o
objetivo de servir como exemplo para nossas vidas.
3:6 - "Como fazia Sara, que obedeceu a Abraão, chamando-lhe
senhor, da qual vós vos tornastes filhas, praticando o bem e não temendo perturbação
alguma.”.
Normalmente, Abraão é citado como exemplo de fé. Nesse texto, Sara é
mencionada como exemplo para outras servas de Deus. Sua posição de obediência a
seu marido era tal que ela lhe chamava de senhor. Entendemos por esse texto a
amplitude do significado da submissão da mulher ao esposo.
3:7 - "Maridos, vós, igualmente, vivei a vida comum do lar,
com discernimento; e, tendo consideração para com a vossa mulher como parte
mais frágil, tratai-a com dignidade, por isso que sois juntamente herdeiros da
mesma graça de vida, para que não se interrompam as vossas orações."
Agora, Pedro passa a se referir aos esposos. Os deveres conjugais não pesam
apenas sobre a esposa. O marido também deve observar uma série de normas. O
fato de estar em posição de autoridade não o autoriza a abusar dessa
autoridade. A esposa não deve ser tratada como alguém inferior. O autor
recomenda o uso do discernimento e consideração no tratamento conjugal. A
mulher é apresentada aqui como igual ao homem no que diz respeito à vida
espiritual. E esse setor ficará prejudicado se não houver uma relação conjugal
de entendimento e respeito.
D) PROCEDIMENTO CRISTÃO NA VIDA COMUM (3:8-12)
VISÃO GERAL DO TEMA
3:8 - "Finalmente, sede todos de igual ânimo,
compadecidos, fraternalmente amigos, misericordiosos, humildes,"
A vida cristã não diz respeito apenas ao nosso relacionamento com Deus, mas
também se aplica aos nossos relacionamentos humanos. Nesse versículo são
mencionados fatores indispensáveis ao bom andamento das nossas relações :
ânimo, compaixão, amizade (amor fraternal), misericórdia e humildade.
3:9 - "não pagando mal por mal, ou injúria por injúria; antes
, pelo contrário, bendizendo, pois para isto mesmo fostes chamados, a fim de
receberdes bênção por herança."
Nesse ponto, aprendemos que nossa maneira de tratar os outros não deve ser
sempre um reflexo do tratamento que recebemos. Continuando o pensamento do
verso anterior, os fatores ali mencionados devem continuar sendo aplicados,
mesmo que as outras pessoas não estejam agindo dessa forma. O texto mostra um
tipo de vida que está na contramão da mentalidade do mundo. Tal ensinamento
está totalmente coerente com o Sermão da Montanha, onde Jesus manda que amemos
os nossos inimigos. Pagar o mal com o bem é a forma determinada por Deus para
impedir que o mal continue se multiplicando indefinidamente. Quando o mal é
feito contra o cristão, este deve colocar um ponto final na trajetória do mal e
iniciar o fluxo do bem. Se nos deixarmos levar pelo desejo de vingança, entraremos
em um ciclo vicioso: a vingança gerará vingança, violência gerará violência,
até que alguém resolva interromper esse processo maligno através do perdão. É
interessante notarmos que, quem age dessa forma, receberá, por isso, um
galardão da parte do Senhor. Novamente nos vem à lembrança o Sermão da Montanha:
"Bem-aventurados os pacificadores porque eles serão chamados filhos de
Deus.”.
3:10 - "Pois quem quer amar a vida e ver dias felizes,
refreie a sua língua do mal e evite que os seus lábios falem dolosamente;"
Quem quer ? São muitos os que querem. Querem que a sorte lhes sobrevenha.
Querem que coisas boas lhes aconteçam. Querem ser felizes e bem sucedidos.
Todos querem muitas e muitas coisas. Mas como se pode alcançar tudo isso? Não
será por obra do acaso. Quem quer colher bons frutos deve plantar boas
sementes. Quem quer uma vida feliz tem algumas providências a tomar: refrear
sua língua. Muitos males na vida humana ocorrem na seguinte seqüência: primeiro
ocorre um pensamento, depois se fala na questão, a seguir passa-se para a
prática. Os pensamentos são de difícil controle. Alguns vêm de modo
imprevisível e não podem ser evitados, mas devem ser repudiados imediatamente.
Quando chegamos a falar o mal, é porque já o alimentamos em nossos corações. E como
"as más conversações corrompem os bons costumes", o próximo passo
será cometer o ato pecaminoso. Pedro nos aconselha a refrear nossas línguas.
Assim, evitaremos muitos males em nossas vidas.
3:11 - "aparte-se do mal, pratique o que é bom, busque a paz
e empenhe-se por alcançá-la."
A vida cristã nos apresenta desafios. Alguns dizem respeito ao que devemos
evitar. São as proibições que a Bíblia contém. Entretanto, o cristão não deve
ser conhecido apenas por deixar de fazer isso ou aquilo. Se deixamos a prática
do mal, devemos nos aplicar na prática do bem, pois, "quem sabe fazer o
bem e não o faz comete pecado." Acho que nossos maiores erros estão
vinculados a essa questão. Não fumamos, não bebemos, não prostituímos, não
matamos, nem roubamos. Mas, em compensação, não evangelizamos, não ajudamos,
não oramos, não lemos a Bíblia, etc. Se derrubamos uma árvore má, devemos
plantar uma árvore boa em seu lugar. Se deixamos o mal, devemos praticar o bem.
O texto usa as palavras: pratique, busque e empenhe-se. Vemos aí subentendida a
questão da persistência que devemos ter na vida cristã, mesmo diante das
dificuldades que se apresentarem.
3:12 - "Porque os olhos do Senhor repousam sobre os justos e
os seus ouvidos estão abertos às suas súplicas, mas o rosto do Senhor está
contra aqueles que praticam males."
Tudo o que dissemos deve ser relacionado com esse último versículo. O Senhor
está atento às nossas vidas, e nos dará a recompensa de acordo com os nossos
atos.
BIBLIOGRAFIA
BÍBLIA SAGRADA
Versão Revista e Atualizada - Tradução de João Ferreira de Almeida
Sociedade Bíblica do Brasil