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A Graça da Garça

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Porque eu não creio em apóstolos contemporâneos




Por Ruy Marinho

Há quem defenda que nos dias de hoje Deus tem levantado uma geração apostólica, restaurando “ministérios perdidos” durante séculos através de novos apóstolos, supostamente com os mesmos poderes (e até maiores) que os escolhidos por Jesus na igreja primitiva. Muitos deles chegam a declarar novas revelações extrabíblicas, curas e milagres extraordinários, liberando palavras proféticas e unções especiais, vindas diretamente do “trono de Deus” para a Igreja. Seus seguidores constantemente ouvem o termo “decretos apostólicos”, dos quais afirmam que uma vez proclamados por um apóstolo, há de se cumprir fielmente a palavra profética, pois o apóstolo é a autoridade máxima da igreja, constituído diretamente por Deus com uma unção especial diferenciada dos demais membros.

No site de uma "conferência apostólica" ocorrida há alguns anos, narraram a seguinte declaração de um apóstolo contemporâneo: “A segunda noite de mover apostólico invadiu os milhares de corações presentes nesta segunda noite de Conferência Apostólica 2006. Com a ministração especial do Apóstolo Cesar Augusto a respeito do “Ser Apostólico”, todos ficaram impactados com mais esta revelação vinda direto do altar do Senhor para seus corações. Ser Apostólico é valorizar a presença de Deus, é ser fiel, é crer que Deus pode transformar, é ter uma unção especial para conquistar o melhor da terra e, por fim, é crer que Deus age hoje em nossas vidas. [...] Todos saíram do Ginásio impactados por esta revelação, saíram todos apostólicos prontos para conquistar o Brasil e o mundo para Jesus.” [1]

Peter Wagner, um defensor do apostolado contemporâneo, define o dom de apóstolo nos dias de hoje da seguinte forma: "O dom de apóstolo é uma habilidade especial que Deus concede a certos membros do corpo de Cristo, para assumirem e exercerem liderança sobre um certo número de igrejas com uma autoridade extraordinária em assuntos espirituais que é espontaneamente reconhecida e apreciada por estas igrejas. A palavra chave nesta definição é AUTORIDADE, pois isto nos ajuda a evitar um erro muito comum que as pessoas fazem ao confundirem o dom do apóstolo com o dom de missionário." [2]

Com estas declarações, podemos deduzir logicamente duas coisas: Ou o ministério apostólico contemporâneo é uma realidade na Igreja nos últimos dias, ou estamos diante de uma grande distorção bíblica, na qual precisa ser rejeitada e combatida urgentemente. Se a primeira hipótese estiver correta, então obviamente não devemos questioná-los, além de aceitar como verdade de Deus tudo o que vier dos mesmos. Caso contrário, resta-nos rejeitar totalmente as palavras e as reivindicações proféticas destes apóstolos contemporâneos por serem antibíblicas.

Para ter plena certeza do que se trata, não existe alternativa a não ser partir para a análise bíblica, pois a Palavra de Deus é a nossa única regra de fé e conduta, base normativa absoluta para toda e qualquer doutrina. Portanto, da mesma forma que os bereianos de Atos 17:11 fizeram quando receberam as palavras do Apóstolo Paulo, devemos também analisar esta questão sob à luz das escrituras.

A primeira pergunta que devemos fazer é: existem apóstolos nos dias de hoje? Para chegar à resposta, primeiramente precisamos entender quem foi os apóstolos na igreja primitiva. Para tanto, é necessário verificar o fator etimológico da palavra Apóstolo. Biblicamente, esta palavra significa “enviado, mensageiro, alguém enviado com ordens” (grego = apostolos), é utilizada no Novo Testamento em dois sentidos: 1º - Majoritariamente de forma técnica e restrita aos apóstolos escolhidos diretamente por Cristo; 2ª - Em sentido amplo, para casos de pessoas que foram enviadas para uma obra especial. Neste último, a palavra utilizada provém da correlação verbal do substantivo “apóstolo” e o verbo em grego “enviar” (grego = apostello).[3] Das 81 vezes que a palavraapóstolo e suas derivações aparecem no texto grego do Novo Testamento, 73 vezes é utilizada no sentido restrito ao grupo seleto dos 12 apóstolos de Cristo, apenas 7 vezes no sentido amplo (Jo 13:16, 2Co 8:23, Gl 1:19, Fl 2:25, At 14:4 e 14, Rm 16:7) e uma vez para Jesus Cristo em Hb 3:1. [4]

Podemos perceber que, em tese, qualquer pessoa que é “enviada” para um trabalho missionário é um apóstolo. Porém, os problemas aparecem quando alguém propõe para si a utilização do termo no sentido restrito ao ofício de apóstolo.

Biblicamente, havia duas qualificações específicas para o apostolado no sentido restrito: 1ª – Ser testemunha ocular de Jesus ressurreto (Atos 1:2-3, 1:21-22, 4:33 e 9:1-6; 1Co 9:1 e 15:7-9); 2º - Ter recebido sua comissão apostólica diretamente de Jesus (Mt 10:1-7, Mc. 3:14, Lc 6:13-16, At 1:21-26, Gl 1:1 e  1:11-12 ). Este fato leva-nos a questionar: quem comissionou os apóstolos contemporâneos?

Depois da ressurreição, Jesus apareceu para os apóstolos comissionados por ele próprio e também para várias pessoas, sendo Paulo o último a vê-lo: “Depois foi visto por Tiago, mais tarde, por todos os apóstolos e, afinal, depois de todos, foi visto também por mim, como por um nascido fora de tempo. Porque eu sou o menor dos apóstolos...” (1Co 15:7-9). No grego, as palavras “depois de todos” éeschaton de pantwn, que significa literalmente “por último de todos”. [5]

Paulo foi o último apóstolo comissionado por Jesus (At 9:1-6). Posteriormente, não encontramos base bíblica para afirmar que exista uma sucessão ou restauração ministerial de apóstolos. Todas as tentativas para justificar uma suposta restauração do ofício apostólico nos dias de hoje, partiram de interpretações alegóricas, isoladas e equivocadas de textos bíblicos.[6] Na história da igreja, não temos nenhum grande líder utilizando para si o título de apóstolo. Papias e Policarpo, que eram discípulos dos apóstolos e viveram logo após o ministério apostólico, não utilizaram esse título. Nem mesmo grandes teólogos e pregadores da história como Agostinho, Calvino, Lutero, Wesley, Whitefield, Spurgeon - entre tantos outros, utilizaram para si o título de apóstolo.

Os apóstolos tiveram um papel fundamental para o estabelecimento da Igreja. Nesta construção, Jesus foi a pedra angular e o fundamento foi posto pelos apóstolos e profetas, conforme descrito em Efésios 2:19-20: “Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular”. Esta passagem é o contexto direto de Efésios 4:11“E Ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres”. Ora, se já temos o alicerce pronto, qual a necessidade de construí-lo novamente? Na verdade não há possibilidade, pois tudo o que vier posteriormente deverá ser estabelecido sobre esta base, conforme alertado pelo apóstolo Paulo: “Segundo a graça de Deus que me foi dada, lancei o fundamento como prudente construtor; e outro edifica sobre ele. Porém cada um veja como edifica. Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o qual é Jesus Cristo.” (1Co 3:10-11)

Como fundamento da Igreja, os apóstolos possuíam plena autoridade dada pelo próprio Jesus Cristo para designar suas palavras como Palavra de Deus para a igreja em matéria de fé e prática. Através desta autoridade apostólica mediante o Espírito Santo é que temos hoje o que conhecemos como cânon do Novo Testamento, escritos pelos apóstolos. Além disso, faziam parte das credenciais dos apóstolos: operar milagres e sinais extraordinários como curas de surdos, aleijados, cegos, paralíticos, deformidades físicas, ressurreições de mortos etc. (2Co 12:12). Eu creio que Deus opera curas em resposta à orações conforme a vontade soberana d’Ele, porém não creio que as mesmas aconteçam através do comando verbal de novos apóstolos, da mesma forma que era feito pelos apóstolos na igreja primitiva de forma extraordinária.

Outro grande problema que encontramos no título de apóstolo nos dias de hoje é que, automaticamente as pessoas associam o termo aos 12 apóstolos de Jesus. Quem lê o Novo Testamento, identifica a grande autoridade atribuída ao ofício de apóstolo e consequentemente esta autoridade será ligada aos contemporâneos. Quem reivindica o título de apóstolo, biblicamente está tomando para si os mesmos ofícios dos apóstolos comissionados por Jesus, colocando as próprias palavras proferidas ou escritas em pé de igualdade e autoridade dos autores do Novo Testamento. Afinal, os apóstolos tinham autoridade para receber revelações diretas de Deus e escrevê-las para o uso da Igreja. Se admitirmos que existam “novos apóstolos”, devemos assumir que a Bíblia é insuficiente e que as palavras dos contemporâneos são canônicas, o que é absolutamente impossível e antibíblico!

Não podemos deixar de citar o festival de misticismo antibíblico praticado por muitos apóstolos contemporâneos, tais como: atos proféticos, novas unções, revelações extrabíblicas, maniqueísmo, manipulação e coronelização da fé através do conceito "não toqueis nos ungidos", judaização do evangelho etc. Além disso, o próprio modo de vida deles mostra o oposto dos originais, os apóstolos de Cristo tiveram vida humilde, foram presos, açoitados, humilhados e todos (com excessão de Judas Iscariotes que suicidou-se e João que teve morte natural) morreram martirizados por pregarem o evangelho. Ao contrário disso, os contemporâneos vivem uma vida com patrimônios milionários, conforto e prosperidade financeira. Quando sofrem algum tipo de "perseguição", as mesmas são decorrentes à contravenções penais com a justiça.

Após esta breve análise, concluo que não há apóstolos hoje! O apostolado contemporâneo é uma distorção bíblica gravíssima que reivindica autoridade extrabíblica, da mesma forma que a sucessão apostólica da Igreja católica romana e os Mórmons. Por isso, devemos rejeitar a “restauração” do ofício apostólico, pois os apóstolos contemporâneos não se encaixam nos padrões bíblicos que validam o apostolado, bem como não existe base bíblica que autorize tal restauração.

Sola Scriptura!

Notas:
[1] – Conferência apostólica 2006, site oficial.
[2] – Citado no ítem reforma apostólica do site Lagoinha.com
[3] – Dicionário Bíblico Strong - Léxico Hebr., Aram. e Grego - SBB – 2002, pág. 1214, nº649/652.
[4] – Concordância Fiel do Novo Testamento Grego – Português, Ed. Fiel, Vol. I, pág. 84
[5] – Citado no artigo: Carta ao Apóstolo Juvenal, por Rev. Augustus Nicodemus Lopes.
[6] – Para verificar diversas refutações ao apostolado contemporâneo, clique aqui!

Fonte: Bereianos 

Como Mudar sua Igreja


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Por Mark Dever

Pastores sempre me perguntam: "Como fazer para que minha igreja mude?" Muitos ministros têm alienado suas igrejas na tentativa de promover mudança, a tal ponto de alguns serem afastados do ministério.

Mesmo assim, como pastores, temos de levar nossas igrejas a mudanças, muito embora isto seja difícil. Aqui estão algumas sugestões sobre como promover mudança: ensinar, permanecer e amar.

Ensine a mudar

Primeiro, as ideias a serem aplicadas em nossas igrejas deveriam vir das Escrituras. Isso faz do púlpito a ferramenta mais poderosa para mudar uma igreja. A pregação expositiva constante é um meio que o Espírito Santo normalmente usa para falar aos corações humanos.

Ore para que através de sua pregação, Deus venha a ensinar a igreja como ela precisa mudar. É impressionante a frequência com que nós, pastores, queremos consertar os problemas, antes de termos tempo para explicá-los!

Muitos pastores tentam forçar a mudança em suas igrejas - quase sempre defendendo tais medidas como atribuição da liderança - quando deveriam informar a igreja a respeito da mudança pretendida. Irmãos, devemos alimentar o rebanho confiado ao nosso cuidado e não bater nele. Ensinem o rebanho.

Mesmo que a mudança que você vislumbra seja correta, ainda há a questão de o tempo ser ou não adequado. Ser correto não é uma licença para uma ação imediata, o que me leva ao segundo ponto.

Permaneça para mudar


A ideia de se comprometer com um lugar está desaparecendo, tanto no local de trabalho quanto no lar. O modelo para as gerações mais jovens não é como uma escada corporativa pré-fabricada, com passos cuidadosamente limitados, e sim como o mosaico da rede mundial (world-wide web), com alternativas e opções, parecendo espalhar-se infinitamente. Assim, somos ensinados a valorizar experiências variadas, entendendo cada uma como um enriquecimento para a outra.

Nós, pastores, precisamos estabelecer um modelo diferente em nossas igrejas. Precisamos ensinar-lhes que compromisso é bom, quer seja para com nosso casamento, família e nossa fé, ou nossa igreja e nossa vizinhança. É sob a luz de tais compromissos a longo prazo (não pensando em termos de meses, mas de décadas) que podemos ajudar nossa igreja a encontrar suas prioridades certas.

Como um pastor, seu maior poder de ajudar sua congregação a mudar não vem da força de sua personalidade, mas através de anos de ensino fiel e paciente. Mudanças que não acontecem neste ano podem vir no ano seguinte, ou em dez anos.

Para este fim, escolha suas batalhas com sabedoria, cuidadosamente, priorizando uma mudança necessária após a outra. Quais mudanças escolhidas são as mais necessárias e mais urgentes? Qual delas pode esperar? Falando de modo geral, os pastores precisam aprender a pensar de uma maneira madura e a longo prazo.

Pastorados longos também ajudam o pastor. Eles o impedem de se tornar um portador de novas ideias, colocando-as em prática por dois ou três anos e, depois desse tempo, ter de mudar-se para colocá-las em prática em outro lugar. Geralmente, quanto mais tempo ficamos, mais realistas temos de ser - e isso é bom para nossa própria alma e para aqueles a quem servimos.

A chave para uma mudança é ficar em uma igreja o tempo suficiente para ensinar a congregação. Se você não planeja ficar, então tenha cuidado antes de começar algo que o próximo pastor terá de terminar. Não deixe a congregação tornar-se insensível com você ou com o seu sucessor, ou mesmo contra a mudança necessária.

Quando eu era um jovem seminarista, adotei três clérigos anglicanos, de Cambridge, como meus modelos. Todos tinham ministérios onde pregavam expositivamente em seus púlpitos, durante muitos anos - Richard Sibbes (em Cambridge e Londres, por 30 anos), Charles Simeon (em Cambridge, por mais de 50 anos), e John Stott (em Londres, por mais de 50 anos). Pela graça de Deus, estes três pastores construíram as igrejas onde serviam, e tiveram efeito sobre a emergente geração ministerial, mediante sua longa fidelidade.

Ame para mudar

Para desejar as mudanças corretas, ensinar sobre elas, e ficar tempo suficiente, você tem de amar. Você tem de amar o Senhor e amar o povo que Ele lhe confiou.

Clemente de Roma disse: "Cristo pertence aos humildes de coração, e não àqueles que se exaltam sobre o seu rebanho". Do amor procede o cuidado paciente que, continuamente, dirige a congregação para a Palavra de Deus.

Jonathan Edwards não foi um pastor menos fiel somente porque sua congregação o demitiu. Alguns de nós tivemos pastorados curtos e fiéis. Mas este tipo de pastorado não é minha preocupação aqui. Com este breve artigo, simplesmente tentei levantar em sua mente algumas ideias de como você pode - ensinando, permanecendo e amando - levar sua congregação à mudança bíblica.


O leitor tem permissão para divulgar e distribuir esse texto, desde que não altere seu formato, conteúdo e / ou tradução e que informe os créditos tanto de autoria, como de tradução e copyright. Em caso de dúvidas, faça contato com a Editora Fiel. 

Sobre o autor: Mark Dever é pastor da Igreja Batista de Capitol Hill, no distrito de Washington; fundador do ministério 9Marcas e um dos organizadores do ministério Juntos Pelo Evangelho; conferencista internacional e autor de vários livros, incluindo os livros "Nove Marcas de Uma Igreja Saudável","Refletindo a Glória de Deus" e "Deliberadamente Igreja", todos publicados em português pela Editora FIEL.

Fonte: Editora Fiel

Pr. lucinho Cheira a bíblia e gera polêmica. Dementes por Cristo ?


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Pastor Lucinho aparece 'cheirando' Bíblia em convite a culto (Foto: Missão Evangélica Praia da Costa/Divulgação) 

Por Wagner Lemos

Mais uma bizarrice desse mundo gospel! Dessa vez, patrocinado pelo Pr. Lucinho Barreto que leva o famigerado slogan: "Louco por Jesus"... Mas parece que a loucura está cada dia pior... Para mim esse Lucinho (que me recuso a chamar de pastor) já passou da hora de ir para o hospício.

Sabem de que igreja ele é??? Igreja Batista da Lagoinha.

Por acaso o Pr. Márcio Valadão não tem ciencia de bizarrices e falta de respeito como essa?

O pastor presidente da Missão Evangélica Praia da Costa, Simonton Araújo comenta:  "A ideia da imagem é mostrar que a Bíblia dá mais prazer do que qualquer droga. Nosso objetivo não é alcançar os já cristãos. É alcançar os que estão longe. Tirar as pessoas do lugar onde a maioria está, nas drogas, no vício, para dentro dos princípios de Deus, onde há prazer e alegria de verdade"

Caro pastor, métodos carnais atrai apenas pessoas carnais! Que não querem compromisso com Deus. Imagem como essa tem apenas um resultado: Ridicularizar a sociedade Cristã.

Não que eu esperava algo desse dito "pastor", afinal em um dos seus surtos de loucura quebrou uma guitarra no altar.


Para mim ou ele é Louco mesmo ou anda cheirando outra coisa que posso garantir que não é a bíblia!

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Falso profeta estuprador



Ao ser preso no começo deste mês sob a acusação de estupro, o pastor Laercio Eugênio, 53, da Assembleia de Deus, assumiu que tinha, sim, engravidado a garota de 14 anos. Mas não se tratou de violência sexual, afirmou, porque a gravidez da menina foi uma “promessa de Deus”.
O pai da menina é caminhoneiro e a mãe, empregada doméstica. Eles moram em Santana do Livramento, cidade gaúcha de 82 mil habitantes que fica a 498 km de Porto Alegre.
A menina trabalhava de empregada doméstica na casa do pastor - ele é casado - desde os sete anos. Os pais e tios da adolescente são muito religiosos e acreditavam que, na casa do pastor, ela estava bem encaminhada. Mas os abusos começaram quando ela tinha 13 anos, segundo a polícia.
Pela lei, violência sexual até essa idade é considerado estupro, haja ou não consenso da menor, e a pena, nesse caso, é mais pesada.
Na casa da menina a polícia encontrou cerca de 300 cartas trocadas entre ela e o pastor. Na correspondência, a garota demonstra acreditar ter sido mesmo escolhida por Deus para ter um filho com o pastor. Tal inocência pode ser explicada, em parte, pela religiosidade de seus pais.
A polícia confiscou as cartas como provas do crime.
Em entrevista ao jornal Zero Hora, a menina falou que, de início, tinha o pastor com um pai. “Mas quando ele começou a falar que Deus tinha me escolhido para ser a mãe do filho dele, eu comecei a acreditar e a gostar dele. Agora já não sei explicar o que sinto por ele.”
Quando a mãe dela descobriu a gravidez por causa dos enjoos, a menina resistiu em contar quem era o pai. A gestação está no terceiro mês.
Eugênio está à disposição da Justiça em um presídio estadual.
Fonte: Zero Hora / Gospel+ Via: Pavablog
É muita cara-de-pau afirmar que enganar e engravidar uma garota de 14 anos seria uma promessa de Deus. Só se for promessa do capeta... o cara arrebenta com a adolescência dessa menina e ainda põe a culpa em Deus. Que absurdo!
Cuidado com os falsos profetas que, usando o nome de Deus, afirmam ter recebido supostas "relevações" para promover e justificar suas perversões e interesses pessoais.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Quanto tempo uma igreja leva pra apostatar?



Por Vinícius Musselman Pimente

Comecei neste semestre o Seminário Martin Bucer, e na aula magna deste semestre, pregada na Igreja Batista da Graça, em São José dos Campos, o Pr. Paulo César do Valle nos lembrou de como em pouco tempo (cerca de 3 anos!*) a igreja da Galácia havia deixado o evangelho da graça. Paulo, admirado, escreve:
Admira-me que estejais passando tão depressa daquele que vos chamou na graça de Cristo para outro evangelho, (Gl 1:6)

Que alerta é este para nós! Três anos e uma igreja inteira praticamente apostatou. Como cresce a erva daninha da heresia! E, para nosso espanto, uma igreja plantada pelo próprio apóstolo Paulo! Não devemos estar todos atentos? Pastores, vocês estão atentos ao fato de que tão depressa as ovelhas que lhe foram confiadas podem estar crendo em heresias? Pais, vocês estão alertas à possibilidade de que em três anos seus filhos podem estar apostatando? E, não só aqueles que estão em posição de liderança. Você, membro de igreja, não fica preocupado com o que alerta Hebreus 3:12,13? Você o pratica? Encoraja seu irmão a cada dia e é encorajado por seu irmão a cada dia?

Tende cuidado, irmãos, jamais aconteça haver em qualquer de vós perverso coração de incredulidade que vos afaste do Deus vivo; pelo contrário, exortai-vos mutuamente cada dia, durante o tempo que se chama Hoje, a fim de que nenhum de vós seja endurecido pelo engano do pecado. (Hebreus 3:12,13)
Será que não menosprezamos o poder enganador do pecado para endurecer nossos corações? Lembremo-nos dos vários episódios no Antigo Testamento – escrito para nosso ensino (Romanos 15:4) – onde, em poucas gerações, a nação de Israel abandonara o Senhor e Seus preceitos (o livro inteiro de Juízes, especialmente, 2:10,11 e os reis em Crônicas). Não dizemos todos que destruir é muito mais fácil que construir?

Mas não desanimemos. “Atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados” (2 Co4:8). E o motivo de nosso ânimo é que embora grande seja o poder enganador do pecado, maior é o poder de Deus, o qual fazer grandes coisas por seu povo e em pouco tempo, como nos testemunha o reinado de Ezequias:

Ezequias e todo o povo regozijavam-se com o que Deus havia feito por seu povo, e tudo em tão pouco tempo. (2Cr 29:36)

Oremos para que Deus traga tal graça à nossa geração a fim de voltarmos ao Evangelho a cada dia. Oremos para que possamos vigiar e orar (Mc 14:38), vigiar e ensinar, vigiar e encorajar. 

Lembremos que para edificar algo esforço e energia são necessários. Precisamos ativamente lutar contra a tendência do nosso coração tão propensa a desviar-se, através da leitura da Palavra, da oração e do encorajamento mútuo entre os irmãos. Precisamos manter um equilíbrio saudável de alerta e confiança – cautela contra os enganos do pecado, do mundo e do diabo e esperançosos no poder de Deus. Sem cair no extremo da confiança ingênua, que não vigia e, portanto, não ora, pois é a angústia da tribulação que nos leva à oração (como bem nos exemplifica os salmos), nem no outro extremo do temor paralisante, que não vigia, nem ora, pois não confia no poder libertador de Deus.

Vigiai e orai!

*A data, obviamente, é aproximada. Estima-se que Paulo plantou a igreja na Galácia em sua primeira viagem missionária (46-47 d.C.) e escreveu a epístola aos Gálatas antes do concílio em Jerusalém (48-49 d.C.)
Permissões: Você está autorizado e incentivado a reproduzir e distribuir este material em qualquer formato, desde que informe o autor, seu ministério e o tradutor, não altere o conteúdo original e não o utilize para fins comerciais.

Direto do Voltemos ao evangelho. Divulgação: Púlpito Cristão.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Carta Aberta aos Grupos de Louvor


Querido Grupo de Louvor,
Eu aprecio muito a sua disponibilidade e desejo de oferecer seus dons a Deus em adoração. Aprecio sua devoção e celebro sua fidelidade — arrastando-se para a igreja cedo, domingo após domingo, separando tempo para ensaiar durante a semana, aprendendo e escrevendo novas canções, e tantas coisas mais. Assim como aqueles artistas e artesãos que Deus usou para criar o tabernáculo (Êxodo 36), vocês são dispostos a dispor seus dons artísticos a serviço do Deus Triuno.
Portanto, por favor, recebam esta pequena carta no espírito que ela carrega: como um encorajamento a refletir sobre a prática de “conduzir a adoração”. A mim parece que vocês frequentemente simplesmente optaram por uma prática sem serem encorajados a refletir em sua lógica, sua “razão de ser”. Em outras palavras, a mim parece que vocês são frequentemente recrutados a “conduzir a adoração” sem muita oportunidade de parar e refletir na natureza da “adoração” e o que significaria “conduzir”.
Especificamente, minha preocupação é que nós, a igreja, tenhamos involuntariamente encorajado vocês a simplesmente importar práticas musicais para a adoração cristã que — ainda que elas possam ser apropriadas em outro lugar — sejam prejudiciais à adoração congregacional. Mais enfaticamente, usando a linguagem que eu empreguei primeiramente em Desiring the Kingdom¹, às vezes me preocupo de que tenhamos involuntariamente encorajado vocês a importar certas formas de execução que são, efetivamente, “liturgias seculares” e não apenas “métodos” neutros. Sem perceber, as práticas dominantes de execução nos treinam a relacionar com a música (e os músicos) de certa maneira: como algo para o nosso prazer, como entretenimento, como uma experiência predominantemente passiva. A função e o objetivo da música nestas “liturgias seculares” é bem diferente da função e o objetivo da música na adoração cristã.
Então deixe-me oferecer apenas alguns breves conceitos com a esperança de encorajar uma nova reflexão na prática da “condução da adoração”:
1. Se nós, a congregação, não conseguimos ouvir a nós mesmos, não é adoração. A adoração cristã não é um concerto. Em um concerto (uma particular “forma de execução”), nós frequentemente esperamos ser sobrepujados pelo som, particularmente em certos estilos de música. Em um concerto, nós acabamos esperando aquele estranho tipo de privação dos sentidos que acontece com a sobrecarga sensorial, quando o golpe do grave em nosso peito e o fluir da música sobre a multidão nos deixa com a sensação de uma certa vertigem auditiva. E não há nada de errado com concertos! Só que a adoração cristã não é um concerto. A adoração cristã é uma prática coletiva, pública e congregacional — e o som e a harmonia reunidos de uma congregação cantando em uníssono é essencial à prática da adoração. É uma maneira “desempenhar” a realidade de que, em Cristo, nós somos um corpo. Mas isso requer que nós na verdade sejamos capazes de ouvir a nós mesmos, e ouvir nossas irmãs e irmãos cantando ao nosso lado. Quando o som ampliado do grupo de louvor sobrepuja às vozes congregacionais, não podemos ouvir a nós mesmos cantando — então perdemos aquele aspecto de comunhão da congregação e somos encorajados a efetivamente nos tornarmos adoradores “privados” e passivos.
2. Se nós, a congregação, não podemos cantar juntos, não é adoração. Em outras formas de execução musical, os músicos e as bandas irão querer improvisar e “serem criativos”, oferecendo novas execuções e exibindo sua virtuosidade com todo tipo de diferentes trills e pausas e improvisações na melodia recebida. Novamente, isso pode ser um aspecto prazeroso de um concerto, mas na adoração cristã isso significa apenas que nós, a congregação, não conseguimos cantar junto. Então sua virtuosidade desperta nossa passividade; sua criatividade simplesmente encoraja nosso silêncio. E enquanto vocês possam estar adorando com sua criatividade, a mesma criatividade na verdade desliga a canção congregacional.
3. Se vocês, o grupo de louvor, são o centro da atenção, não é adoração. Eu sei que geralmente não é sua culpa que os tenhamos colocado na frente da igreja. E eu sei que vocês querem modelar a adoração para que nós imitemos. Mas por termos encorajado vocês a basicamente importar formas de execução do local do concerto para o santuário, podemos não perceber que também involuntariamente encorajamos a sensação de que vocês são o centro das atenções. E quando sua performance se torna uma exibição de sua virtuosidade — mesmo com as melhores das intenções — é difícil opor-se à tentação de fazer do grupo de louvor o foco de nossa atenção. Quando o grupo de louvor executa longos riffs, ainda que sua intenção seja “ofertá-los a Deus”, nós na congregação nos tornamos completamente passivos, e por termos adotado o hábito de relacionar a música com os Grammys e o local de concerto, nós involuntariamente fazemos de vocês o centro das atenções. Me pergunto se há alguma ligação intencional na localização (ao lado? conduzir de trás?) e na execução que possa nos ajudar a opor-nos contra estes hábitos que trazemos conosco para a adoração.
Por favor, considerem estes pontos com atenção e reconheçam o que eu não estou dizendo. Este não é apenas algum apelo pela adoração “tradicional” e uma crítica à adoração “contemporânea”. Não pense que isto é uma defesa aos órgãos de tubos e uma crítica às guitarras e baterias (ou banjos e bandolins). Minha preocupação não é com o estilo, mas com a forma: O que estamos tentando fazer quando “conduzimos a adoração?” Se temos a intenção que a adoração seja uma prática congregacional de comunhão que nos traz a um encontro dialógico com o Deus vivo — em que a adoração não seja meramente expressiva, mas também formativa² — então podemos fazer isso com violoncelos, guitarras, órgãos de tubos ou tambores africanos.
Muito, muito mais poderia ser dito. Mas deixe-me parar por aqui, e por favor receba esta carta como o encorajamento que ela foi feita para ser. Eu adoraria vê-los continuar a oferecer seus dons artísticos ao Deus Triuno que está nos ensinando uma nova canção.
Sinceramente,
Jamie
Notas:
¹Desiring the Kingdom – Worship, Worldview, and Cultural Formation (Desejando o Reino – Adoração, Cosmovisão e Formação Cultural) [N. do T.]
² De acordo com o The Colossian Forum, a despeito de a adoração ser encarada hoje em dia apenas como algo que se vai em direção a Deus (expressão), ao longo da história ela sempre foi encarada também como a causadora de algo em nós (formação). “A adoração cristã é também uma prática formativa justamente porque a adoração também é um encontro ‘descendente’ no qual Deus é o atuante primário” (Fonte: http://www.colossianforum.org/2011/11/09/glossary-worship-expression-and-formation/). [N. do T.]
Por James K.A. Smith. Original: forsclavigera.blogspot.com.br
Tradução: canteasescrituras.com.
Divulgação: Púlpito Cristão.

IGREJA UNIVERSAL LANÇA SISTEMA DE PAGAMENTO DE DÍZIMO E DOAÇÕES ATRAVÉS DO FACEBOOK


A Igreja Universal (IURD) lançou recentemente emsua página no Facebook um sistema de pagamentos que permite a realização de doações e até mesmo pagamento de dízimos à igreja diretamente pela rede social.
O aplicativo, disponibilizado na página oficial da denominação, disponibiliza um canal de pagamentos via cartões de crédito e boletos bancários e, segundo o site Arca Universal, novas formas de pagamento já estão sendo preparadas, como o débito direto em conta corrente.
Ao usar o sistema de pagamento pela rede social, o fiel da igreja pode escolher o destino de sua doação entre dízimo, oferta para a construção do Templo, oferta para evangelização em rádio e televisão, auxiliares do Bispo Macedo e “voto com Deus”.
Semelhante a sistemas utilizados por empresas de comércio on-line, a IURD permite também em seu aplicativo que o fiel use o serviço de “doação com 1 click”, para fazer suas contribuições. Para tal, o sistema da igreja mantém armazenados os dados de cartão de crédito do doador, que das próximas vezes precisará clicar em apenas um botão para que oferte à igreja.
O sistema de pagamento foi disponibilizado pela igreja também em um site próprio, que permite aos fiéis as mesmas formas de pagamento e doações disponíveis no Facebook.
(Redação Gospel+, via Web Evangelista)
IURD = Sangue Suga, câncer, vírus, doença…

Meu amado mundo



Por Daniel Clós Cesar

Por que aqueles que aparentemente nasceram de novo ainda desejam o mesmo que aqueles que ainda estão mortos? Por que razão os desejos dos homens e mulheres aparentemente salvos em nada diferem dos desejos dos que rejeitam o Evangelho?

Nossos desejos (vou me incluir... não por ser modesto, mas por ser pecador), no geral, em nada diferem dos desejos de homens e mulheres carnais sem esperança num Deus Criador e Juiz. Desejamos coisas "boas" aos nossos olhos. Desejamos aquilo que nossa cultura afirma ser bom, independente do que Deus pensa a respeito. Afinal de contas, nós, os servos mandões, temos "autoridade" para ditar nosso caminhar.

Não sou um homem de grande experiência na vida cristã... comparado a outros miseráveis homens carentes da diária misericórdia de Deus, não passo de um menino miserável carente dessa mesma misericórdia. Mas estou há 30 nesse meio conhecido como evangélico. E em todos esses anos, foram poucos os que conheci que desejavam mais ardentemente as coisas do alto que as deste mundo.

Um exemplo bem prático: moças e rapazes fazem um único pedido a Deus. "Permita-me casar antes da tua volta". Seria mais sincero dizer: "permita-me ter uma relação sexual antes que você volte". É obvio... mas devido as infinitas profetadas... todos acreditam que irão casar com a pessoa mais fantástica do mundo... todos acham que Deus preparou desde a eternidade a outra metade da laranja... mas talvez você nem mesmo seja uma laranja.

Elas amam o mundo. As pessoas que elas amam estão aqui... não importa se vivas ou enterradas, é nesse pedaço de terra que elas estão. É aqui que está construída minha casa... fruto do "meu" esforço. É aqui que está o "meu" carro... conquista das minhas dores...

Se os cristãos do primeiro século abriram mão de tudo esperando a volta imediata de Cristo... nós, juntamos tudo não desejando a volta de Cristo nunca, que ela fique para depois... depois que eu morrer e não tiver mais nada a "perder".

A felicidade do homem carnal está aqui. Deus, aquele que deveria ser desejado é apenas um mordomo. Alguém que tem o poder que eu não tenho para fazer aquilo que eu quero, como eu quero, na hora que eu quero... aí sim Ele é Deus. Isto incluí... sempre incluí... uma vida em plenitude de tudo que eu imagino ser bom, nesta terra.

Se nossa felicidade não estiver em Cristo... onde ela está?

Isso não é ser cristão. Isso não é um nascido em Cristo. Os que assim pensam e vivem não passam de perdidos sem a compreensão do Evangelho. Não entendenderam o que foi a Cruz. Têm os olhos tão fechados que a escuridão é como se fosse a própria luz.

Esse é o fiel retrato de uma igreja apóstata, pessoas carnais que entulham bancos aos domingos como se participassem de um atendimento psicológico em grupo. Eles cantam, danças e dizem "Senhor! Senhor""...

Mas o Senhor não os conhece.

Amam o mundo... e o mundo já não mais as odeia... porque elas pertencem a ele.

"Se vós fósseis do mundo, o mundo amaria o que era seu, mas porque não sois do mundo, antes eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos odeia." João 15.19

Maranata Jesus!

Fonte: [ Púlpito Cristão ]

Boca do Sapo Gospel


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[Boca_de_sapo_cantando.png]Parte da Igreja Evangélica Brasileira tem a enorme capacidade de criar doutrinas completamente estapafúrdias. Uma das mais comuns atualmente é aquilo que alguns denominam de oração contrária.

Tal doutrina, parte pelo pressuposto que o cristão em nome de Deus tem o poder de amaldiçoar outras pessoas através da oração positiva e determinante. Em outras palavras, tal ensinamento afirma categoricamente que aqueles que agem desta maneira, podem rogar ao Senhor da glória o aparecimento de desgraças e frustrações na vida de seus desafetos, determinando assim a desventura alheia.

Em nome de Deus, tais pessoas rogam “pragas e desgraças” para aqueles que em algum momento da vida se contraporam a seus sonhos e vontade. É nesta perspectiva, que tem emergido em nossas comunidades o toma-la-dá-cá evangélico. Basta o chefe no trabalho ser um pouco mais chato pra se orar contra ele, ou até mesmo alguém discordar da forma do pastor conduzir o rebanho, que lá vem maldição.

Em certas igrejas a palavra “rebeldia” tem sido usada para todo aquele que foge dos caprichos fúteis de uma liderança enfatuada. Em tais comunidades, discordar do apóstolo ou profeta quase que implica com que o nome seja colocado na “boca gospel do sapo”.

Ahhhhhhhhhhhhhh! Só de imaginar situações como estas chego a suspirar profundamente! Confesso que tal procedimento me deixa absolutamente estupefato!

À luz disso, não tenho a menor dúvida em afirmar que comportamentos como estes não ficam a dever em nada aos trabalhos de macumba e vodu que são feitos nas esquinas e encruzilhadas deste Brasil varonil. Infelizmente parte da igreja evangélica mergulha em alta velocidade no buraco da sincretização, deixando para trás valores, virtudes e princípios onde a afetividade e o amor deveriam ser marcas indeléveis de uma comunidade que conhece a Cristo.

Que Deus tenha misericórdia de seu povo!

Autor: Renato Vargens
Fonte: [ Blog do autor ]

No fim dos tempos, a fé verdadeira será raríssima



Digo-vos que, depressa, lhes fará justiça. Contudo, quando vier o Filho do Homem, achará, porventura, fé na terra? – Lucas 18.8
O Senhor Jesus mostra isso ao fazer pergunta mui solene: “quando vier o Filho do Homem, achará, porventura, fé na terra?”.

A indagação que temos diante de nós é deveras vexatória e mostra a inutilidade de esperarmos que o mundo inteiro esteja convertido antes que Cristo volte. Mostra a tolice de supormos que todas as pessoas são “boas” e que, apesar de diferirem em questões externas, todas estão certas no coração, e vão todas para o céu. Essas noções não encontram apoio no texto diante de nós.

Afinal, de que adianta ignorar os fatos que estão diante dos nossos olhos: fatos no mundo, fatos nas igrejas, fatos nas congregações a que pertencemos, fatos lado a lado das nossas portas e lares? Onde a fé deve ser vista?

Quantos ao nosso redor creem realmente naquilo que está na Bíblia? Quantos vivem como se cressem que Cristo morreu por eles e que há um juízo, um céu é um inferno? Essas são perguntas dolorosas e graves. Mas exigem e merecem uma resposta.

E nós mesmos, temos fé? Se temos, louvemos a Deus por isso. É uma grande bênção crer na Bíblia inteira. É motivo para ações de graças diárias, se temos consciência dos nossos pecados e confiamos realmente em Jesus. Podemos ser pecadores débeis, frágeis, imperfeitos, insuficientes; mas cremos de fato? Essa é a grande questão. Se crermos, seremos salvos. Quem não crê, porém, não verá a vida e morrerá em seus pecados (João 3.36; 8.24).

Autor: J. C. Ryle (1816–1900)
Fonte: Day by day with J. C. Ryle, org. Eric Russell, Christian Focus Pub., p.100
Tradutor: Marcos Vasconcelos
Via: [ Mens Reformata ]

Igrejas de araque num país de tolos


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Por Fábio Vaz
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Nunca foi fácil ser cristão. A igreja "primitiva", assim chamada, foi perseguida primeiro pelos judeus e depois pelos romanos. Homens, mulheres, crianças, jovens e velhos que confessavam Jesus Cristo como Senhor eram - literalmente - jogados aos leões nas arenas romanas, ou despedaçados por gladiadores treinados, ou queimados vivos para iluminar os jardins imperiais à noite, ou crucificados. Quando Constantino, a partir de 313 d.C., "legalizou" o Cristianismo no Império Romano, os cristãos poderiam pensar que as coisas ficariam mais fáceis. Mas não ficaram. Infelizmente o Império Romano não foi "cristianizado", mas ocorreu exatamente o contrário: o Cristianismo passou a sofrer um processo deromanização. Multidões de pagãos entravam na Igreja diariamente, trazendo consigo suas antigas práticas, crenças e doutrinas religiosas, num sincretismo incontrolável. Quando o Império Romano do ocidente cai, a partir de 476, após várias invasões bárbaras, o caos político e social acelera o processo de erosão da sã doutrina bíblica nas fileiras da Igreja. A Europa mergulha então na longa noite medieval, quando a Bíblia foi praticamente ocultada do povo "cristão". [1] Nascia então a Igreja Católica Apostólica Romana.

Após séculos de ignorância e medo, o domínio do terror católico-romano foi finalmente quebrado - embora parcialmente - pela luz da Reforma Protestante. Deus levantou homens como Martinho Lutero, Ulrich Zwinglio, João Calvino e John Knox, entre outros, para devolver a Bíblia ao povo e libertar os verdadeiros cristãos do jugo romanista e das garras da ignorância, da idolatria e da heresia. Mais uma vez a sã doutrina bíblica foi pregada e ensinada. Homens e mulheres morreram por ela, mártires da Reforma, queimados em praça pública pelos romanistas (ou afogados, ou enforcados, ou empalados, etc - os inquisidores eram muito criativos). Muitos pagaram com o próprio sangue pela sua profissão de fé em Jesus Cristo. Mas "o sangue dos mártires é a semente da Igreja", como disse Tertuliano no século II, e nos séculos subsequentes não foi diferente. Apesar da feroz oposição, a obra dos reformadores triunfou e perdurou. Tempos depois, da Inglaterra protestante levas de refugiados - puritanos, quakers, congregacionais e outros - cruzariam o Atlântico rumo ao Novo Mundo. E mais tarde, da América do Norte, missionários protestantes rumariam para as Américas Central e do Sul. E assim o Evangelho chegou ao Brasil católico, principalmente a partir do século XIX e início do século XX.

Aqui, em solo tupiniquim, os primeiros protestantes enfrentaram, obviamente, inúmeras dificuldades. Não somente a cultura, o idioma e o clima eram diferentes, mas a ameaça real dos romanistas fez-se sentir, em sua luta implacável para impedir a circulação da Bíblia em território nacional.[2] No entanto, o tempo passou, o protestantismo, a muito custo, pôde ser instalado no Brasil e na América Latina, criou raízes, cresceu e desenvolveu-se. A princípio amparado e dirigido por líderes estrangeiros, pouco a pouco obteve também a sua "independência", pelo menos parcialmente, à medida que líderes nativos começavam a surgir nas diferentes denominações. Sempre em meio a muita luta. Sempre enfrentando dificuldades severas, principalmente de ordem econômica e social. E sempre sob ataque constante do catolicismo romano e sua idolatria, seu desdém pela Bíblia e seu desejo insaciável de poder.

Sim, o tempo passou. A fé evangélica floresceu. Cresceu. Desenvolveu-se. As igrejas espalharam-se pelo país, crescendo num ritmo cada vez mais acelerado, especialmente a partir de meados do século XX. Mais ou menos a partir dessa época a "maré pentecostal" tomou fôlego e passou a dominar o cenário evangélico brasileiro. Como uma última "onda" dessa "maré", surgiram as igrejas neopentecostais. E na década de 1970 tais "igrejas" começaram a estabelecer sua teologia - a "teologia da prosperidade" - receita de sucesso para os espertalhões religiosos.



A teologia da prosperidade é uma invenção norte-americana. Surgida nos primórdios do século XX nos Estados Unidos, foi mais tarde utilizada no Brasil para alavancar o crescimento de verdadeiros impérios financeiros, construídos sobre a ignorância e a credulidade de multidões de "fiéis" que, hipnotizados por tais ideias, sonham com um deus que lhes dê riquezas, bem-estar e saúde - enfim, um paraíso na Terra. Para obter tais promessas, não hesitam em seguir cegamente seus líderes, dando a eles o fruto de seu trabalho (quantias não insignificantes de dinheiro), sem perceber que estão sendo extorquidos. Nas igrejas neopentecostais, o culto é um show. Usa-se a Bíblia a fim de utilizar versículos esparsos, sempre fora de seus respectivos contextos, a fim de iludir os frequentadores dos templos e os telespectadores (a maioria dessas "igrejas" desfruta de grande espaço na TV) com promessas falsas de uma prosperidade que nunca chega na vida real (exceto, é claro, nos "testemunhos" de "crentes fiéis" que são veiculados nos programas televisivos de tais igrejas, mostrando os entrevistados quase sempre a bordo de modernos carros importados, em garagens de mansões luxuosas. Acredite quem quiser...). E assim uns poucos enriquecem a olhos vistos ao custo do suor e da credulidade de muitos.

O deus dos neopentecostais é realmente um grande negociante. Ele negocia bênçãos; dependendo do tamanho de sua oferta, será o seu retorno financeiro. Esse deus também se assemelha a uma máquina caça-níqueis: coloque a moeda (faça a sua oferta), puxe a alavanca (participe do serviço religioso, que pode incluir até mesmo uma "sessão de descarrego" ou algo parecido), e espere pelo melhor. Mas o melhor muitas vezes não chega... mas isso é pela sua falta de fé!

No Brasil, as igrejas neopentecostais tiveram seu início a partir do surgimento da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), criada por Edir Macedo, proprietário da Rede Record de televisão, bem como de um vasto império financeiro que se estende por outros países e continentes. Em 1977 Macedo declarou-se "bispo" e, incorporando elementos de outras religiões não-cristãs, deu início à IURD. Logo viriam a Igreja Apostólica Renascer em Cristo, do casal Estevam e Sônia Hernandes, e a Igreja Internacional da Graça de Deus, de R. R. Soares (este, saído diretamente da IURD). Mais recentemente (1998), eclodiu a Igreja Mundial do Poder de Deus (IMPD), gêmea e arqui-rival da IURD, capitaneada por Valdemiro Santiago, que assim como Hernandes antes dele, autoproclamou-se "apóstolo". Santiago foi bispo da IURD e "temperou" a doutrina da prosperidade pregada por Macedo com uma ênfase muito forte emcuras e milagres, atraindo grande número de ex-fiéis da Universal para suas fileiras. Ele próprio, no entanto, também precisou lidar com dissidentes: em 2010, um ex-bispo da IMPD funda a Igreja Mundial Renovada, sob o lema "A glória da segunda casa será maior do que a da primeira". No mesmo ano outro dissidente da IMPD funda a sua própria denominação, a Igreja Missionária do Amor. Em 2011 mais um ex-bispo de Valdemiro Santiago deixa a IMPD para estabelecer uma igreja própria, a Igreja Evangélica Celeiro de Deus.



Hoje inimigos ferrenhos, Macedo e Santiago digladiam-se sem trégua em seus programas de TV ou nos demais veículos de informação de seus respectivos impérios. O dono da Universal apelou até para o diabo,entrevistando um "demônio" que anunciou que Valdemiro Santiago era seu títere. Também utilizou sua rede Record para veicular denúncias contra Santiago, referentes à aquisição de uma propriedade rural. O falso apóstolo respondeu jocosamente, lembrando que se tinha comprado uma fazenda, o próprio Macedo havia adquirido uma rede de TV inteira. Boatos e intrigas também surgiram em meio à guerra entre os dois rivais. A briga vai longe, certamente, pois ambos disputam a mesma fatia de mercado: pessoas crédulas e ignorantes. Muitas delas lotam tais "igrejas" por pura ignorância, certas de que estão no lugar certo e de que seus líderes são honestos. Mas outras - desconfio que a maioria, a julgar pelo país em que vivemos - estão lá porque realmente querem é prosperar e enriquecer, querem um deus que as sirva, e não um Deus a quem devem servir, seja na riqueza seja na pobreza. Querem um deus que atenda seus desejos, e estão dispostas a tudo para conseguir seus sonhos. Mas não querem um Deus soberano, que exalta a quem quer e humilha a quem quer. Essas pessoas estão realmente no lugar certo, embora jamais terão seus anseios realizados (ao contrário de seus líderes, que enriquecem à custa de sua credulidade).

Até mesmo outro líder - antes um pentecostal clássico, hoje mais um defensorda maldita teologia da prosperidade - se pronunciou bradando que Macedo e Santiago são "farinha do mesmo saco". Esse mesmo cidadão chamou de"idiotas" aqueles que se opõem à teologia da prosperidade.

Somente no Brasil homens assim podem prosperar livremente. Em qualquer país civilizado do mundo, já estariam há muito tempo atrás das grades.

Somente no Brasil, país onde a corrupção sempre prosperou no cenário político. Onde os maiores criminosos são os que infectam o nosso Congresso Federal.

Somente no Brasil, onde o povo canta "assim você me mata" e "eu quero tchu-tcha-tcha" e grita "gol!!!" enquanto é espoliado, roubado, usado e ridicularizado pelos seus governantes (que ele próprio, o povo, colocou no poder).

Somente aqui tais falsas igrejas poderiam prosperar de modo tão avassalador. Somente aqui encontram solo tão fértil (claro que sei que há igrejas neopentecostais em outros países, mas duvido que tenham no exterior o mesmo sucesso que têm no Brasil).
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O povo brasileiro aceita tudo. Leva tudo "na esportiva". Acostumado a "dar um jeitinho" em cada situação, não se incomoda em ser espoliado pelos parasitas políticos - desde o vereador até o senador, desde o prefeito até o/a presidente. O que vale é a "lei de Gérson", isto é, levar vantagem em tudo - de preferência, pisando nos outros. Dizem que numa democracia, o povo tem o governo que merece. Pois o povo brasileiro realmente tem escolhido a dedo seus governantes!

Nossas estradas estão intransitáveis (com exceção, é claro, das rodovias que o governo entregou para empresas privadas, nas quais deve-se pagar pedágio para trafegar - então, pagamos impostos para quê?!). Nossos hospitais, sucateados, superlotados, falidos. Nossas escolas? Pra quê educação? Povo ignorante, povo manipulado! Professores, médicos, policiais e inúmeros outros profissionais essenciais para o crescimento saudável de um país - todos esquecidos por governantes hipócritas e corruptos. E por aí vai...

Arrastões, assaltos, assassinatos, sequestros, violência sem trégua, num país onde só falta dar uma medalha de honra aos bandidos. Num país onde basta pagar um advogado para livrar-se da cadeia, não importa o crime que se tenha praticado. Num país cujo código penal parece ter sido especialmente projetado para favorecer os criminosos e prejudicar os cidadãos honestos.
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A ética e a moralidade são ridicularizadas, desprezadas e até perseguidas neste país. A imoralidade é exaltada, idolatrada, festejada. Especialmente pelos meios de comunicação. Eles "se ligam" em manipular você. Idiotizam ainda mais o povo brasileiro, já entorpecido por natureza. É o país do carnaval! É o país do futebol! É o país do futuro! É o país dos canalhas.... 

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Por isso não é de se estranhar esse "Circo Gospel" no qual se transformou a maior parte da igreja "evangélica" brasileira. Os neopentecostais fazendo de tudo para destruir o verdadeiro Evangelho de Cristo, enquanto boa parte dos "cristãos sérios" emudece, pois a "turma do deixa-disso" brada bem alto: "Não podemos julgar! Não podemos julgar! Não podemos julgar!", e assim dia a dia vai-se perdendo a dignidade e a credibilidade da Igreja. Não é só ignorância. É o "jeitinho brasileiro". "Deixa a vida me levar..." deixa a vaca ir pro brejo. Igrejas de araque num país de tolos. Como nos primórdios do Cristianismo, multidões de pagãos ingressam diariamente na "Igreja", trazendo suas práticas (sua falta de ética e sua conduta imoral), suas crenças (e sua falta de caráter) e - é claro! - o seu famoso "jeitinho brasileiro" (ler a Bíblia dá muito trabalho! Tenho preguiça! Prefiro ouvir o pastô falar e ficar só "recebendo as bênça"!). Multidões que são facilmente manipuladas, extorquidas e usadas pelos profetas da prosperidade. O povo brasileiro é, em sua maioria, crédulo, e qualquer coisa que é dita pelos chefões neopentecostais é recebida sem titubeios pelos seus fiéis seguidores.

Quem disse que não podemos julgar? Ora, a Bíblia ordena que julguemos! O julgamento proibido é o julgamento insensato, sem dados, sem fatos, sem provas, sem respaldo ético e moral. Em sua ignorância bíblico-teológica e em sua ânsia por defender mercenários e espertalhões, muitos adeptos do Circo Gospel, por exemplo, empunham Mateus 7.1-5 para vociferar contra os (poucos) cristãos sérios que "ousam" levantar-se contra as aberrações neopentecostais. Os mesmos se esquecem (que conveniente, não?) de ler o versículo seguinte:
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"Não deem o que é sagrado aos cães, nem atirem suas pérolas aos porcos; caso contrário, estes as pisarão e, aqueles, voltando-se para vocês, os despedaçarão" (Mateus 7.6).
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Ora, se absolutamente não podemos julgar, como então poderemos nos precaver contra os cães e contra os porcos?! Como, então, cumprir essa ordem de Jesus?
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Também se esquecem de ler Mateus 7.15-23:
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"Cuidado com os falsos profetas. Eles vêm a vocês vestidos de peles de ovelhas, mas por dentro são lobos devoradores. Vocês os reconhecerão por seus frutos. Pode alguém colher uvas de um espinheiro, ou figos de ervas daninhas? Semelhantemente, toda árvore boa dá frutos bons, mas a árvore ruim dá frutos ruins. A árvore boa não pode dar frutos ruins, nem a árvore ruim pode dar frutos bons. Toda árvore que não produz bons frutos é cortada e lançada ao fogo. Assim, pelos seus frutos vocês os reconhecerão!
"Nem todo aquele que me diz: 'Senhor, Senhor', entrará no Reino dos céus, mas apenas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: 'Senhor, Senhor, não profetizamos em teu nome? Em teu nome não expulsamos demônios e não realizamos muitos milagres?' Então eu lhes direi claramente: Nunca os conheci. Afastem-se de mim vocês, que praticam o mal!"
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Sim, pelos seus frutos vocês os reconhecerão! Ora, portanto, o julgamento de acordo com os fatos e de acordo com a observação dos resultados das ações dos homens é não somente válido, como obrigatório para os cristãos!
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A turma do "deixa-disso" (cúmplices e marionetes dos profetas da prosperidade) deveria ler mais a Bíblia, especialmente 1Coríntios 6.1-3:
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"Se algum de vocês tem queixa contra outro irmão, como ousa apresentar a causa para ser julgada pelos ímpios, em vez de levá-la aos santos? Vocês não sabem que os santos hão de julgar o mundo? Se vocês hão de julgar o mundo, acaso não são capazes de julgar as causas de menor importância? Vocês não sabem que haveremos de julgar os anjos? Quanto mais as coisas desta vida!" (Todo o capítulo 6 é deveras interessante).
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Nunca foi fácil ser cristão! Mas nestes dias, neste país, onde o Cristianismo é ridicularizado pelos neopentecostais, e aqueles que ousam denunciá-los são atacados pelos defensores da ignorância (a turma do "deixa-disso"), está cada vez mais difícil saber quem é, de fato, cristão!
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Onde estão os protestantes? Onde estão os herdeiros de Martinho Lutero, Ulrich Zwinglio, João Calvino, John Knox e tantos outros? Onde estão os herdeiros de Jonathan Edwards, J. C. Ryle, Charles Spurgeon, Arthur Pink e tantos outros? Onde estão os herdeiros dos puritanos, de Martyn Lloyd-Jones, de John Stott? Onde estão os verdadeiros crentes? Cadê os protestantes, onde estão os protestantes?!.

É hora da Igreja - a verdadeira - levantar-se, protestar contra e denunciar esse monstruoso Circo Gospel. É hora de denominações sérias, históricas, pronunciarem-se oficialmente a respeito dessas igrejas de araque, desse país de tolos (e de tolas, para ser politicamente correto).
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Denuncie, irmão, denuncie! Confesse, Igreja, sua verdadeira vocação, seu verdadeiro Cristianismo, porque estamos sendo todos colocados no mesmo "saco" desse lixo neopentecostal, desse arremedo de igreja.
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É tempo de erguer novamente a bandeira protestante, a bandeira da Reforma, e esclarecer ao povo deste país que o neopentecostalismo não é Cristianismo, que essas igrejas não são igrejas cristãs verdadeiras, e que esses profetas da prosperidade não são verdadeiros homens de Deus.
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Que o Senhor tenha misericórdia de Sua Igreja e deste país. 

NOTAS
[1] Certamente estou ciente de que a chamada "Idade Média" não foi uma era de obscurantismo total e de "trevas absolutas". Houve criação artística e científica, e progresso em inúmeras áreas do conhecimento humano. De fato, sem uma "Idade Média" não teríamos um Renascimento, mais tarde. Mas refiro-me, aqui, às trevas espirituais que cobriram a maior parte desse período histórico, dominado por uma Igreja tirânica e ignorante.
[2] Cf. CAIRNS, Earle E. O Cristianismo através dos séculos: uma história da Igreja Cristã. 2. ed. São Paulo: Vida Nova, 1995, p. 366.
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Fonte: [ Calvinismo Hoje ]