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A Graça da Garça

segunda-feira, 16 de abril de 2012


História da Tradução da  Bíblia







Primeiras Traduções em Outras Línguas
Outras traduções começaram a ser realizadas por cristãos novos nas línguas copto (Egito), etíope (Etiópia), siríaco (norte da Palestina), e em latim, a mais importante de todas as línguas, por a mais amplamente utilizada no ocidente. Em meados do quarto século havia tantas versões parciais e insatisfatórias em latim que no ano 382 A.D. o bispo de Roma nomeou o grande exegeta Jerônimo para fazer uma tradução oficial. Para poder fazer a melhor tradução possível, Jerônimo foi à Palestina, onde viveu durante vinte anos. Estudou hebraico com rabinos famosos e examinou todos os manuscritos que conseguiu localizar. Sua tradução tornou-se conhecida como "Vulgata", ou seja, escrita na língua de pessoas comuns ("vulgus"). Embora não tenha sido imediatamente aceita, ela eventualmente tornou-se o texto oficial do cristianismo ocidental. Neste formato a Bíblia difundiu-se por todas as regiões do Mediterrâneo, alcançando até o norte da Europa.
Na Europa os cristãos entraram em conflito com os invasores godos e hunos, que destruíram uma grande parte da civilização romana. Em mosteiros, nos quais alguns homens se refugiaram da turbulência causada por guerras constantes, o texto bíblico foi preservado por muitos séculos. Foi especialmente a Bíblia em latim, geralmente na versão de Jerônimo, que foi protegida desta maneira.
Não se sabe quando e como a Bíblia chegou até as Ilhas Britânicas. Missionários levaram o Evangelho para Irlanda, Escócia e Inglaterra, e não há dúvida de que havia cristãos nos exércitos romanos que lá estiveram no segundo e terceiro séculos. Provavelmente a tradução mais antiga na língua do povo desta região é a do Venerável Bede. Relata-se que, no momento de sua morte, em 735, ele estava ditando uma tradução do Evangelho de João; entretanto, nenhuma de suas traduções chegou até nós.
Gradualmente foram sendo feitas traduções de passagens e de livros inteiros. Mas como a maioria dos governantes e autoridades eclesiásticas temia deixar que o povo tivesse acesso às Escrituras na sua própria língua, as Escrituras acabaram sendo copiadas em segredo e circuladas entre as pessoas. A igreja e o estado tentaram cada vez mais, através de decretos e perseguições, interromper tal circulação das Escrituras traduzidas.
 
As Primeiras Escrituras Impressas
Na Alemanha, em meados do século 15, um ourives chamado Johan Gutemberg desenvolveu a arte e fundir tipos metálicos móveis, e aperfeiçoou uma tinta eficiente. O primeiro livro de grande porte produzido na sua prensa com seus tipos foi a Bíblia em latim. Cópias impressas decoradas a mão passaram a competir com os mais belos manuscritos. Esta nova arte foi utilizada para imprimir Bíblias em seis línguas antes de 1500 - alemão, italiano, francês, tcheco, holandês e catalão; e em outras seis línguas até meados do século 16 - espanhol, dinamarquês, inglês, sueco, húngaro, islandês, polonês e finlandês. Agora as Escrituras realmente podiam ser lidas na língua destes povos. Mas essas traduções ainda estavam vinculadas ao texto em latim. No início do século 16, manuscritos de textos em grego e hebraico, preservados nas igrejas orientais, começaram a chegar à Europa ocidental. Havia pessoas eruditas que podiam auxiliar os sacerdotes ocidentais a ler e apreciar tais manuscritos.
Uma pessoa de grande destaque durante este novo período de estudo e aprendizado foi Erasmo de Roterdã. Ele passou alguns anos atuando como professor na Universidade de Cambridge, Inglaterra. Em 1516 sua edição do Novo Testamento em grego foi publicada com seu próprio paralelo da tradução em latim. Assim, pela primeira vez estudiosos da Europa ocidental puderam ter acesso ao Novo Testamento na língua original, embora, infelizmente, os manuscritos fornecidos à Erasmo fossem de origem relativamente recente, e portanto não eram completamente confiáveis.

 

Traduções da Bíblia para o português

 
O pioneiro na tradução da Bíblia para o português foi D. Diniz (1279 - 1325). Conhecedor de latim clássico e leitor da Vulgata Latina traduziu até o capítulo 20 do livro de Gênesis, abrindo caminho para seu sucessor, D. João I (1385 - 1433). Este atribuiu a tradução a padres letrados e o trabalho prosseguiu com seu sucessor, D. João II.
 

João Ferreira de Almeida

 
João Ferreira de Almeida nasceu em 1628 em Torre de Tavares em 1628 próximo à Lisboa. Segundo pesquisa realizada pelo Pr. Antônio Gilberto “Almeida ficou órfão ainda criança. Foi criado por um tio, sacerdote em Lisboa”. Em 1641, Almeida mudou-se de Portugal para a Holanda, indo depois para Batávia, Ilha de Java, hoje Jacarta, capital da Indonésia. Nesta mesma localidade, já convertido ao Evangelho, iniciou estudos de teologia sob a orientação de missionários holandeses. Em 1644 começou a traduzir do espanhol os Evangelhos e parte das Cartas do Novo Testamento para o português. Abraão de Almeida salienta o fato de que infelizmente Almeida perdeu o manuscrito dessa tradução e assim, em 1648 teve de reiniciar a tradução.

Almeida conhecia hebraico, grego, e latim. Utilizou-se de vários manuscritos dessas línguas, bem como da Vulgata para compor sua tradução. O texto mais utilizado por Almeida em sua tradução foi o então chamado Textus Receptus, do grupo bizantino. Em 1676, foi concluída a tradução do Novo Testamento, que só viria a ser publicada em 1681, na Holanda, por problemas de revisão. Quando de sua morte, em 1691, já havia traduzido o Antigo Testamento até o livro do profeta Ezequiel. Seu trabalho foi continuado pelo pastor Jacobus op den Akker, de Batávia, em 1694. Todavia, o Antigo Testamento só foi publicado em 1748 e cinco anos depois, em 1753, foi impressa a primeira edição integral da Bíblia em português.
 

Antônio Pereira de Figueiredo

 
Nascido em Portugal em 1725, iniciou a tradução da Bíblia que foi editada em 1819. Baseou sua tradução na Vulgata de Jerônimo, por não dominar outros idiomas, e incluiu nesse trabalho os apócrifos. Essa Bíblia foi muito utilizada em países de língua portuguesa.
 
Matos Soares
Publicou uma tradução em 1930, baseada na Vulgata Latina, e incluiu os apócrifos. Sua tradução contou também com comentários a favor dos dogmas da Igreja Católica. Por isso, recebeu o apoio papal sendo a sua tradução a mais popular da Igreja Católica.
 

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